quarta-feira, 29 de maio de 2013

II Talentos da Casa

Da esquerda para a direita: Guilherme Maduro, Vanessa Dias, e Mona (Entrevistadora)

No dia 22 de maio, os alunos formados em Relações Públicas pela  Belas Artes em 2009, voltaram à casa para um bate-papo com os alunos atuais do curso. O intuito deste evento e também encontro, foi apresentar uma visão diferente de histórias de vida e da atuação na área de Relações Públicas de cada convidado. Eles dividiram essas experiências de forma muito bacana, apresentando vivências, dificuldades, cases e muito mais.

O Blog RPantone não pôde deixar de cobrir um pouquinho  desse encontro e fez uma entrevista antes das palestras, com os respectivos convidados.

Primeira entrevistada - Vanessa Dias

• Vanessa você acredita que estudar na faculdade Belas Artes fez diferença pra sua trajetória profissional?

Eu acredito que sim, quando a gente vai às entrevistas , logo no começo da carreira, sempre avaliam qual é a faculdade, e a Belas Artes é sempre muito bem vista.

• Qual área de atuação você mais gosta nas Relações Públicas?

Eu gosto de comunicação interna.

• Esse ramo é o qual você trabalha atualmente?

Na verdade eu faço comunicação interna, eventos, assessoria de imprensa, faço tudo. Mas o que eu mais gosto mesmo, meu foco, é a comunicação interna.

• Você já gerenciou uma crise que pensou ser impossível de ser resolvida?
Já gerenciei crise, inclusive recentemente a gente passou por uma crise no hospital,  relacionada com imagem e imprensa, mas acho que nada seja impossível de resolver.

• Você acha que precisa de um otimismo, uma confiança? Quais as qualidades que você acha necessárias em um profissional?

Primeiro, precisa-se saber o porquê do momento de crise, o que aconteceu, pra depois fazer um apanhado com toda a equipe médica, enfermagem e saber, exatamente, o que aconteceu como você vai gerenciar isso.

Segundo entrevistado - Guilherme Maturo

• Guilherme, qual a maior dificuldade que você já enfrentou em sua vida 
profissional?

            Difícil! Acho que cada desafio exige uma tomada de decisão e uma atitude. Existem muitas situações difíceis, quando se é um profissional. O início da carreira é muito preocupante, é sempre complicado se desafiar, aprender coisas novas  balancear o que são coisas novas, o que você deve aprender, etc. Eu acho que muitas coisas acontecem durante sua carreira, e você tem que sempre superar e ir em frente. Não adianta parar e não continuar. Tem que parar, levantar e começar tudo de novo ou continuar dali e bater a poeira. Sempre terão situações difíceis, eu não passei pela pior ainda, quando eu passar a gente sempre vai resolver da melhor maneira e continuar.

• E você acha que a fase do estágio foi mais complicada ou menos do que hoje?

Não acho que, em si, o estágio. Cada vez mais o tempo vai passando e as responsabilidades vão crescendo, quando você traz para você e cuida disso como se fossem seus problemas.
Independentemente de onde você estiver sempre são seus problemas e você tem que sempre resolvê-los. Então, o estágio é um processo de aprendizado que você tem que entender e assimilar o que aprender e o que não aprender. Analisar o que é importante e usar aquilo que cabe para você.  Em minha opinião, isso é o principal para se definir como profissional.

• O que você responde quando alguém lhe pergunta: O que faz um Relações-Públicas ?

Eu sempre ouvi uma frase muito legal que foi até do Cláudio ( Professor da Belas Artes) em que ele falava que o Relações-Públicas é o gerente da comunicação. Por muito tempo trabalhei com eventos e desenvolvi uma série de funções. Vi que sempre temos de gerenciar a comunicação, independentemente para quem seja. Ninguém faz nada sozinho, a gente depende de pessoas. Porém, muitas pessoas não sabem se comunicar, desde as pequenas coisas até as situações maiores. Então, o Relações-Públicas é o gerente, aquele cara que alinha a comunicação e seus interesses. É isso que eu falo para as pessoas quando elas me perguntam. Se elas quiserem saber mais, a gente vai se aprofundando dependendo de cada tema, mas basicamente, em uma situação mais superficial, eu costumo sempre falar isso.

• O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Qual conselho você daria para os futuros Relações-Públicas?

Gostar do que faz! Tem que ter muito "tesão" no que faz. Se não tiver, não adianta. Não só os Relações-Públicas, mas também  jornalistas, profissionais de marketing, qualquer um. Se não gostar do que faz, se não tiver muito prazer no que está fazendo, não adianta, a coisa não desenrola. Tem que gostar muito da profissão, que eu particularmente gosto muito. E seguir em frente, porque se não, eu acho que nenhum profissional consegue ter um bom resultado ou se diferenciar no mercado.


Terceira  entrevistada - Patrícia Shine

• As mídias sociais estão em alta, porém as empresas às dão na mão de pessoas que não sabem lidar com isso. Que dica você dá para donos de empresas, funcionários responsáveis ou até estagiários, que ficam responsáveis por isso e muitas vezes não sabem o que fazer?

Isso é um problema que realmente acontece. Eu trabalho em uma multinacional e independente do tamanho da corporação, sempre pensam em contratar um estagiário para administrar as mídias sociais. O trabalho que a gente tem que fazer é de conscientização, que é o trabalho que pelo menos eu fiz na minha empresa. Alertar essas pessoas que vão gerir essa área, de que é necessário um  know-how para isso, porque a velocidade que a informação é passada, o impacto com que qualquer tipo de post pode acarretar para a imagem da sua empresa, não é uma coisa para você deixar, simplesmente, na mão de um estagiário ou de apenas um funcionário sem conhecimento. E sim, nós precisamos de pessoas que tenham um treinamento para isso, que estejam qualificadas para responder as perguntas. No meu caso, que trabalho num laboratório farmacêutico, lidar com vidas, lidar com medicamentos é uma coisa muito complicada. Eu não posso deixar uma pessoa responder isso se ela não tem um treinamento específico e conhecimento.  Então, é preciso sempre procurar profissionais que estejam preparados para lidar com a rapidez desse mercado e dessas mídias, e também tenham conhecimento da crise que pode ser gerada e saber ter a gestão de imagem da empresa.

• Referente às Olimpíadas e a Copa do Mundo, será que o Brasil tem estrutura para receber esses grandes eventos? O que fazem os Relações-Públicas em eventos desse porte?

É uma oportunidade não só para os Relações-Públicas, mas eu acho que para todos os mercados. Vai ser um evento grandioso que o Brasil vai ter que se reestruturar para receber.  Ainda existe falta de estrutura, principalmente na área de hotelaria e na área de serviços, que precisam de treinamento específico. Então, nós temos um período para correr atrás disso, é uma oportunidade para o Relações-Públicas, principalmente na área de cerimonial e protocolo, na área de eventos e aqueles que queiram trabalhar nessa área. Também para os Relações-Públicas que atuam dentro das empresas, talvez seja uma oportunidade de fazer algum tipo de ação específica para a copa. Então, eu acho que é um momento de oportunidade não só para os Relações-Públicas, mas para todos os profissionais; pode ser sazonal, mas é uma oportunidade para investimento.

• No envolvimento do profissional de Relações-Públicas com esses eventos: Você acha importante defender a imagem do Brasil ?

Sim, acho importante porque se você está trabalhando em uma causa. Mas você deve conhecer os  seus argumentos, pois que não pode defender uma coisa que não acredite. Eu acho que é uma opinião que você precisa ter fatos para argumentar. Muito se tem feito para o Brasil ter uma estrutura, os estádios estão sendo entregues, os serviços estão sendo aprimorados,  as vias, as facilidades etc. Um  profissional de Relações-Públicas que for trabalhar a frente desse projeto, dou-lhe um conselho: conhecer bem, estudar bem, porque as críticas são gigantes. Então, é preciso ter argumentos para saber defender a posição e a imagem do país.

• Qual matéria do curso de Relações Públicas mais te motivou e acrescentou na sua ascensão como estudante e como profissional ?

Foram várias, porque é um conjunto de ferramentas que você vai aplicando. A matéria de Pesquisa eu gostei muito, porque te traz algumas informações que você pode viabilizar suas ações. Também gostava muito da matéria de Comunicação corporativa.  A parte de eventos também foi  muito interessante - como ferramenta.

Um comentário:

  1. Eu simplesmente ADOREI esse evento. Inclusive queria tanto que o Guilherme Maturo me contratasse pra trabalhar na empresa dele! o/

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