segunda-feira, 31 de março de 2014

A doença do século


Fonte da Imagem: http://prcequinel.blogspot.com.br/2011/08/teste-dominical-m




"E antes de ser atleta, sou ser humano, pai, marido, cidadão, carioca de origem e santista de coração. Tenho a pele negra, cabelo afro e visto o mesmo manto branco que vestia o rei".  - Arouca, jogador do Santos F.C e vítima de racismo durante uma partida de futebol contra o Mogi Mirim.

Três casos recentes no futebol alertam para uma "doença" que persiste no mundo há séculos: o preconceito. Apesar de a nossa sociedade ter violado a barreira de assuntos antes intocáveis, e quebrado tabus antes considerados como leis, o problema do preconceito persiste, algumas vezes discreto, outras escancarado.

Conseguimos acompanhar essa discriminação até de casa, quando ligamos a televisão e vemos a polêmica que o beijo entre dois personagens do mesmo sexo gerou. Em bares e nas mídias sociais, esse foi o assunto mais comentado. Enquanto uns comemoravam e brindavam, outros esbravejavam com repúdio. Nossa sociedade insiste em dizer que há a liberdade de expressão, que todos somos iguais. Porém, não consegue explicar os atos de repúdio ou de subestimação a uma “minoria” que hoje já soma mais da metade do mundo.

No universo corporativo, conseguimos ver esse preconceito ao observarmos a faixa salarial de negros e mulheres em relação à de homens brancos. De acordo com uma pesquisa do IBGE divulgada em janeiro de 2014, o salário de mulheres e negros é inferior ao de homens e brancos. As diferenças são gritantes. Chega a ser inaceitável isso ainda acontecer, em pleno século XXI.

Deveria haver o entendimento de que negros e brancos, mulheres e homens, heterossexuais ou homossexuais podem desenvolver as mesmas tarefas, de maneiras iguais. No mundo corporativo, o que realmente teria de importar é o rendimento do funcionário, não suas características físicas, sua etnia ou opção sexual.

São necessárias medidas drásticas para educar e conscientizar as pessoas que ainda mantém essa opinião retrógrada, prejudicial para o progresso do mundo. Somos iguais e dignos de reconhecimento profissional pelo que fazemos.


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