terça-feira, 17 de junho de 2014

Obsessão Infinita

Fonte: acessocultural.com

Depois do sucesso em Brasília e no Rio de Janeiro, a exposição "Obsessão Infinita", da artista japonesa Yayoi Kusama, chega a São Paulo, onde fica aberta ao público de 22 de maio a 27 de julho, no Instituto Tomie Ohtake. 
O trabalho da artista traz 110 obras, criadas entre 1949 e 2012. Adepta do minimalismo e surrealismo, seu trabalho carrega um alto teor de psicodelia, luzes coloridas e bolinhas. Sim, bolinhas. Eis aí a infinita obsessão de Kusama. Em toda a sua trajetória podemos encontrar um considerável número de bolinhas de diferentes cores e tamanhos, espalhadas por todos os cantos. Isso dá ao espectador uma sensação de infinito, criando uma interação com o público.

Luzes coloridas penduradas por fios, bolinhas misturadas a rostos e pontos. Cores e traços fortes. A sala dos espelhos infinitos é perturbadora e encantadora ao mesmo tempo, impossível passar pela exposição sem visitá-la. Toda essa obsessão da artista por bolinhas é proveniente de alucinações sofridas pela mesma desde a infância. Sua obra é resultado de sua intensa experiência de despersonalização e desmaterialização, que a própria denomina de“obliteração”.

Entre elas, três ambientes se destacam e impressionam em "Obsessão Infinita". Confira quais são:
"Filled with the Brilliance of Life" (2011)

Um sala composta por espelhos e inúmeras lâmpadas penduradas, que vão mudando de cor, impressiona os visitantes. Para atravessar este ambiente é preciso paciência, pois todos vão querer tirar fotos e observar o efeito incrível das cores refletidas e o "infinito" proporcionado pelos espelhos.

"Infinity Mirror Room - Phalli's Field" (1965)

Mais uma vez, o interesse pelo infinito e a técnica de usar espelhos por todo lado fazem desta sala impressionante. Porém, são os objetos fálicos que ganham destaque e parecem se espalhar, como um enorme jardim. Suas famosas bolinhas vermelhas estampam as peças.

"I'm Here, But Nothing" (2000-2012)

Neste ambiente, por onde também é possível caminhar, é apresentada uma sala de estar completamente comum, com móveis como sofá e mesa de jantar, mas totalmente coberta por pontos de luz fluorescentes coloridos. O ambiente permite que o visitante veja a obra sem os limites da tela, onde todas as paredes, objetos e piso carregam parte da transcendência da obra.

Yayoi Kusama, nascida em Matsumoto, Japão, em 1929, a artista começou a realizar seus trabalhos poéticos e semi-abstratos em papel nos anos 1940. Em 1957, mudou-se para New York e entrou em contato com artistas como Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell. Em 1973, Kusama retornou ao Japão e, desde 1977, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica.

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