Fonte: Arquivo pessoal
A entrevistada dessa
semana é Vanessa Santos! Com 25 anos e formada em Relações Públicas pelo Centro
Universitário Belas Artes, a profissional conta um pouquinho sobre a escolha da
profissão, experiências e dá dicas aos futuros estudantes. Acompanhe!
- O que te levou à escolha dessa profissão?
Dentre as vertentes da área de
comunicação, encontrei na profissão de Relações Públicas a versatilidade
teórica e as possibilidades práticas para a construção de discursos que
efetivamente contribuam com a difusão cultural inclusiva. Os formatos de estudo
e aplicação de traços da cultura de mercado nas relações sociais e de consumo,
especificamente com esforços de comunicação, viabilizam oferecer opções de
acesso a conteúdo para a formação de indivíduos críticos que possam apreciar –
e vivenciar – novas escolhas e formas de legitimação, independente às
abstrações culturais. O extenso campo de trabalho, que compartilha de fontes e
constantes interações com outros especialistas da área para viabilizar esse
caminho, de fato foi o que me atraiu.
- Como você vê o mercado e as oportunidades para o ramo de RP hoje?
Com as mudanças nas relações sociais
e, consequentemente na formação cultural e nas percepções humanas, as empresas
precisarão de profissionais que não tenham medo de aplicar concomitante diversas
ferramentas de comunicação sob o contexto econômico do segmento no qual atua. Os
canais no qual é possível obter informações sobre uma empresa ou uma marca
estão cada vez mais abertos e, se não houver coerência e convergência no
discurso de uma empresa com seu público de interesse, o risco de perda espaço,
competitividade e fidelização é perigosamente potencializado. Um exemplo
recente pode ser observado na mudança aplicada na Diretoria de Marketing da
P&G que agora é nomeada como “Diretoria de Gestão de Marcas”. Com a mudança
o escopo principal da diretoria agrega a “responsabilidade única pelas
estratégias, planos e resultados para as marcas” da companhia. Sendo assim, a
mensagem final para o consumidor compartilha da mesma essência e do mesmo
fundamento ainda que o formato tenha adaptação e aplicação para uso em uma rede
social, em um press release, em um anúncio ou em tantas outras peças. O diferencial
do profissional de Relações Públicas é o preparo para atuar no cenário orgânico
além da mesma versatilidade requerida por uma tendência que se torna mais real
a cada dia.
- O leque de atuação do profissional de Relações Públicas é muito amplo.
Em quais áreas/empresas você já trabalhou?
Durante minha carreira já passei pela
redação de uma revista com operação em São Paulo e em Tóquio; pela ABQV –
Associação Brasileira de Qualidade de Vida, organização sem fins lucrativos que
me propiciou novas experiências desde a captação de recursos para ações de
comunicação com associados, eventos de promoção à qualidade de vida em empresas
privadas, públicas e instituições ligadas à área de saúde, relacionamento com
imprensa, entre outros. Passei ainda por uma holding no qual tinha um grande private equity como principal
investidor e, pelo modelo da companhia, com os diferentes segmentos das
empresas controladas trabalhei com comunicação interna, programas
motivacionais, engajamento comunitário e ações beneficentes ligadas ao core de
cada empresa e, por fim, no marketing onde, dentre as inúmeras experiências tive
a oportunidade de observar a área financeira sob uma nova perspectiva de
parceria e compatibilidade para a viabilização de projetos de incentivos,
dentro da estratégia de relações públicas, para valorização da marca. Atualmente
acumulo as experiências vividas ao buscar resultados para a organização com a
composição de diversas metodologias e ferramentas que incorporam assessoria de
imprensa, endomarketing, mídia, redes sociais, marketing direto, entre muitas outras.
- Teve alguma conta/projeto/case em que você trabalhou e gostou muito?
Conte a experiência.
Posso destacar dois projetos
desenvolvidos que, como relações públicas, tenho orgulho em revisitar: o
primeiro deles foi desenvolvido no término da graduação para o Instituto Bacarelli
e o segundo para a penúltima empresa no qual atuei, no término do programa de
trainees. Ambos foram construídos após longo processo de pesquisa e testes
práticos em amostras que sempre observavam aspectos culturais de inserção e
aplicação, especialmente no desdobramento da comunicação dos projetos criados.
Estas observações fizeram toda a diferença para desenvolver métricas para tangilizar
resultados.
- O que o estudo e a atuação na área de RP te proporcionaram para a vida
pessoal? Você já passou por alguma situação/experiência pessoal em que teve que
utilizar suas habilidades como RP?
Sem dúvida. As observações e
reflexões que são desenvolvidas desde a faculdade até o dia a dia do trabalho
acabam sendo incorporadas e se tornam parte não somente da profissional, mas da
pessoa que sou hoje. Desde um bate-papo e reflexões com amigos a assistir a um
comercial, um filme no cinema, o prazer de aproveitar algumas efemeridades ou
até o próprio ócio. A forma de enxergar e reagir à informação muda porque o meu
repertório cultural e minhas experiências também mudaram com o exercício da
profissão.
- Como profissional de Relações Públicas já formada, que conselho você
daria aos estudantes e futuros profissionais da área?
Nunca deixe de aprender, observar,
trocar experiências e buscar desenvolvimento. As pessoas mudam, a sociedade
muda e o profissional de comunicação também deve fazê-lo. Ao não mergulhar em
novas possibilidades culturais que, consequentemente são aplicadas na
comunicação face a face, digital, off-line, OOH e em tantos outros formatos,
você deixa de se reinventar e perde, mais ainda do que o valor no mercado, o
brilho e a essência de todo o potencial transformador que a profissão de
Relações Públicas possibilita.
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