Remediar não é a melhor solução,
por isso existe o RP, para conseguir compreender os públicos e interpretar com
base no conhecimento adquirido sobre eles quais são as melhores decisões a
serem tomadas pelas organizações. A análise do RP consiste principalmente em
poder “prever”, ou melhor, simular as possíveis reações dos stakeholders
perante determinadas atitudes empresariais. Arriscado? Sim, mas sem dúvida
muito importante, afinal com base na análise dos públicos é possível evitar
catástrofes e resolve-las quando ocasionalmente acontecem.
“Mas se uma organização tem um RP em constante e árduo trabalho, por que
uma crise pode acontecer?”.
Simples,
não somos perfeitos, os públicos podem mudar de posição a qualquer momento
mediante os estímulos do meio, e entre muitos outros fatores, existe um que
assombra o profissional de relações públicas: o descaso. O RP pode levar a
gestão de uma empresa fatos que muitas vezes estão “escondidos debaixo do
tapete”, colocados em um local não tão visível, mas possível de ser descoberto,
e são estes fatos, muitas vezes deixados para depois ou tratados como
irrelevantes pela organização, que podem posteriormente causar os maiores
arranhões na imagem da empresa. Em determinadas ocasiões é diante do descaso de
algumas organizações que o lado positivo de uma crise aparece.
Temida por todos
a crise nada mais é que um sinal de que algo não está funcionando bem para uma
das partes envolvidas no relacionamento, e uma hora ou outra, as razões ficam
claras, e a surpresa indesejável acontece. Frente a frente com o problema que
um dia não pareceu tão grande assim, a empresa não tem muitas escolhas e
precisa imediatamente de um posicionamento e solução para aquela crise.
Diante das
pressões externas e internas que cercam a organização, ela aprenderá com aquela
experiência a dar importância ao que não parecia tão relevante, começará a tratar
pequenas possíveis crises e claro, ouvir atentamente o que o RP tem a dizer
dando mais crédito a função deste profissional que enfrenta muitos desafios,
dentre eles lhe dar com o ativismo, outro fator que tem poder de influência em
crises e possui também seu lado positivo para cobrar as empresas por posições
mais justas e que conciliem com os interesses dos públicos.
O descaso não
pode ser desanimador para o RP que está empenhado em desenvolver suas funções
com qualidade, pois, de maneira clara ele leva o caso, analisa possíveis soluções
e esclarece as consequências. Mesmo que nenhuma posição de precaução seja
tomada de imediato pela organização, o RP como bom profissional já avisou e
está preparado.
Até uma empresa
enxergar a importância de se precaver, o RP trabalhará contando com a ajuda da
crise para resolver os problemas considerados de pouca importância pela
empresa, mas que afetam a qualidade dos relacionamentos com os públicos de
interesse, e desta forma ele entenderá que nem sempre a crise possui papel
aterrorizante durante o desenvolvimento do seu trabalho, pelo contrário, a
crise pode ser mais uma chance de crescer e aperfeiçoar técnicas em busca de
serviços e relacionamentos que atendam melhor as demandas sociais.
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