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Foto: arquivo pessoal |
Essa é a
Rebeca Diniz de Souza, ela tem 22 anos e é formada em Publicidade e Propaganda
pela Faculdade Cásper Líbero. Atualmente é Planejamento
Digital Sênior na Agência Newblue Marketing de Performance e vai nos contar
um pouco sobre sua escolha de curso e os desafios da carreira.
Você ingressou na faculdade logo após o Ensino
Médio? Por que escolheu Publicidade e Propaganda?
Sim,
escolhi ingressar logo em seguida pois já havia me decidido sobre o curso. Meu
pai era professor no curso de Publicidade e Propaganda, porém com foco em
digital. Escolhi publicidade após assistir algumas aulas e fazer um estágio em
uma agência digital.
Como foi sua primeira experiência com a
profissão? Em que áreas você estagiou, antes de se formar?
Estagiei
em quase todas as áreas de publicidade. Minha inicial foi antes de iniciar os
estudos na Cásper, fazendo estágio em criação. Após isso, fui para a área
comercial focada em negociação de espaços publicitários. Por mais que me desse
bem financeiramente, ainda não era a área que gostava. Fiz estágio em tráfego
e, em pouco tempo, virei atendimento. Também tinha facilidade na área, porém
queria mais estratégia. Procurei um estágio em mídia, consegui a chance e,
dentro da agência, foquei no digital. Mídia é uma área bem lucrativa com vários
brindes, ou seja, bem tentadora, porém sentia que ainda realizava um trabalho
muito braçal. Foquei então no planejamento, que foi onde me encontrei. Iniciei
no planejamento focado em branding e, atualmente, trabalho com performance
digital. Não sou mais estagiária, mas aprendo diariamente como uma.
Na sua opinião, Publicidade e Propaganda é uma
área saturada? Há mercado para suprir as demandas de emprego?
Depende
qual foco da Publicidade. Atualmente, as grandes agências ainda sobrevivem com
o foco no off, principalmente em branding. As empresas querem vender, com ou
sem crise, e é nessa hora que o digital ganha vantagem. O apoio digital
consegue ser mensurado de maneira mais assertiva que o off, aliado ao avanço
tecnológico e a saturação de publicidade por parte do consumidor, o digital
oferece a chance de fazer diferente e se mostrar assertivo. Mídia programática
é uma delas, por exemplo.
Acredito,
então, que o mercado está saturado para agências que não se renovam, que não se
adaptam as mudanças do mercado, que não se reinventam. Mas é assim em todas as
áreas, a publicidade é apenas um pouco rápida quanto a isso.
O que você considera essencial para que um
profissional da sua área se destaque?
O
profissional tem que gostar de trabalhar, principalmente. Pois o trabalho dele
não ficará dentro daquelas 40 horas semanais. O profissional estará trabalhando
quando for estudar algo novo, quando assistir um filme e tiver um insight,
quando for a um restaurante e tiver uma ideia. Ele também precisa se reinventar
e se adaptar ao mercado que está em constante mudança.
Você trabalhou em agências publicitárias desde o
início da sua carreira. Como você descreve a rotina nesses locais?
Sim,
trabalhei em algumas agências e empresas. Existem as diferenças clássicas no
ritmo de trabalho das agências. Em agência você realmente não tem hora pra
sair, não precisa se preocupar (muito) com o traje formal (a não ser que você
seja atendimento) e ganha prêmios que nem sabia que estava inscrita (e a
agência vive comemorando). Porém, o que muitos não percebem, é que nas
agências o clima pode ser 8 ou 80. Você pode estar em família ou num ninho de
cobra, pode estar com amigos ou ter que fazer da rotina diária uma batalha.
Isso porque no ramo de publicidade há muito ego envolvido, e egos inflados
juntos podem apresentar tais características.
Como é o seu dia a dia no trabalho atual?
Trabalho
com performance de varejo, então analiso o investimento disponível de acordo
com as mídias. Estudo segmentos, filtros e formas de impactar o target. Como
marketing digital de performance é em tempo real, estou sempre conectada
analisando o retorno de tudo. Também ensino e aprendo muito, seja com colegas
de profissão, clientes, parceiros, etc.
Você aposta em algum segmento, como o futuro da
publicidade? Ou acredita que as coisas ainda vão permanecer “como são” por um
bom tempo?
Como eu
disse ali em cima, o mercado não para, e as agências precisam entender isso. As
que se reinventarem, independe do foco on ou off, conseguiram permanecer. As
que ficarem paradas não.
Se você pudesse dar uma espiada no futuro, em
que posição gostaria de estar em 10 anos?
Acredito
que daqui 10 anos, a publicidade como conheço hoje será muito ultrapassada.
Também não acredito no ensinamento por hierarquia, pois o conhecimento está em
todos os ambientes em que vivemos, e pode ser compartilhado com todos. Então,
daqui há 10 anos desejo estar em uma posição que me permita ser pagar para
aprender cada vez mais.
Que conselho você dá aos estudantes e futuros
colegas de profissão?
Encare o
mundo como uma escada rolante descendo, e você é a pessoa que quer subir. Se
você quer realmente subir, vai ter que se esforçar muito para conseguir. E
acredite, todo o seu esforço pode ser em vão se você decidir ficar parado por
alguns momentos, afinal, a escada não para pra você descansar.
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