O jornalista Roberto Candido tem 36 anos e é graduado pelo FIAM-FAAM Centro Universitário. Começou sua carreira como office-boy da Rede Record, posteriormente tornou-se auxiliar administrativo da produção do jornal do Boris Casoy, foi assistente de produção do mesmo jornal e por fim coordenador de produção, seu cargo atual, que lhe permitiu trabalhar em vários programas e telejornais da emissora.
Foto: arquivo pessoal |
1 – O que te atraiu em jornalismo?
Eu sempre tive vontade de me formar em publicidade, era meu sonho desde minha infância. Fui parar na TV Record por acaso, através de um amigo que também era office-boy na época. Minha pretensão na Record era trabalhar na área administrativa da emissora, foi quando eu ainda como office-boy recebi um convite para trabalhar na área administrativa da produção do Jornal da Record. Foi muito bom, porque lá conheci grandes profissionais da área de jornalismo. Além de uma pessoa que eu admirava muito ao assiti-lo pela TV, que com o tempo se mostrou ser mais do que um jornalista, mas uma pessoa do coração enorme que é o Boris Casoy. A partir daí comecei a me interessar por aquela correria do dia a dia. Acompanhava todo o processo antes de uma edição do jornal ir ao ar. Acompanhava as reuniões de pauta, os fechamentos das matérias, gravação de chamadas e, por fim, o jornal indo ao ar. Após a demissão do jornalista Boris Casoy da Record, fui promovido a coordenador de produção. Foi em cima dessa correria toda que abandonei a vontade de ser um publicitário e me apaixonei pela profissão de jornalismo.
2 – Qual foi o maior desafio que você enfrentou no cargo atual?
Meu maior desafio foi quando fui chamado para ser Coordenador de Produção, pois a partir dali eu teria que ficar responsável por tudo que pertence a um telejornal. Ex: ficar responsável pelo tempo do jornal, pelas matérias que chegam e pelo jornal quando está no ar. Ou seja, nada pode dar errado! Rsrsrs
3 – Você poderia nos contar como é sua rotina de trabalho?
Minha rotina de trabalho é, assim que chego na emissora, ligo na coordenação de programação (central responsável pelo tempo de cada programa da emissora). Eles me passam o tempo de entrada e saída do jornal, coloco dentro do espelho do jornal (espelho é uma planilha onde são colocadas todas as matérias que irão pro ar no dia). Após isso, fico responsável pela chegada de cada matéria já editada, vou checando o tempo e deixa da matéria no espelho. Gravamos a escalada do jornal com os principais assuntos do dia e depois colocamos o jornal no ar. Quando o jornal está no ar eu vou para o switcher do jornal junto com o editor-chefe (switcher é uma sala onde ficam todos os técnicos responsáveis por colocar o jornal no ar). Eu e o editor-chefe ficamos responsáveis por todo conteúdo jornalístico que vai ou não pro ar. Os técnicos ficam responsáveis pelo áudio e imagem do jornal. É de lá que nós comandamos tudo, as entradas ao vivo dos repórteres que ficam na rua, falamos com o(s) apresentador(es), mudamos as matérias de posição no espelho. E assim é minha rotina diária.
4 – Que conselho você deixa para os futuros profissionais de comunicação?
O conselho que dou antes de tudo é "humildade". Sejam humildes, pois o que os estudantes aprendem na faculdade, praticamente nada você usará numa redação de verdade. E o erro de muitos novatos é acharem que já sabem de tudo, quando não sabem é de nada. Sempre eles irão aprender coisas novas. Com 16 anos na área, eu continuo aprendendo até hoje. E nunca pisem num companheiro de trabalho, seja qual área for. Um dia você irá precisar dele!. E estudem muito, leiam bastante, procurem se informar o tempo todo. Afinal, vocês serão futuros formadores de opinião!
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