Viajar de avião, principalmente em viagens longas, pode ser um desafio para o organismo. Basta lembrar que você estará dividindo um espaço fechado com um grande número de pessoas. Mas qual seria o lugar com o maior número de bactérias em um avião?
A conclusão é do Travelmath.com, um site estrangeiro que calcula tempo de viagens entre cidades pelo mundo. Para estudar o assunto, um microbiologista recolheu um total de 26 amostras de cinco aeroportos e quatro aeronaves. O ponto encontrado com o maior nível de sujeira foi a mesinha das poltronas das aeronaves, aquela usada para apoiar alimentos e bebidas.
Foto: Getty Images |
Os índices do local foram mais de dez vezes superiores aos encontrados em vasos sanitários de residências. Ali, havia 2 155 unidades de formação de colônias UFC - medida de microbiologia que indica o potencial reprodutor de bactérias e fungos - por polegada quadrada. Nos assentos do banheiro, esse índice é de 172.
De acordo com o estudo, a sujeira das mesas deve ser uma consequência da pressão para as empresas reduzirem cada vez mais o tempo de desembarque e embarque. Assim, a equipe teria tempo de higienizar as mesinhas apenas no final do dia, e não após cada viagem. “Como isso pode levar à transmissão direta de bactérias com a boca, é conveniente eliminar quaisquer contatos diretos que o alimento tenha com a mesa”, diz o site. Eles aconselham ainda o uso de higienizadores de mãos.
Ranking
Em unidades de formação de colônia – medida que indica a quantidade de bactérias – o ranking negativo da Travelmath ficou assim:
Mesinha de apoio – 2.155
Bebedouro – 1.240
Saída de ar – 285
Botão de descarga – 265
Cinto de segurança – 230
Fechadura do banheiro – 70
Bebedouro – 1.240
Saída de ar – 285
Botão de descarga – 265
Cinto de segurança – 230
Fechadura do banheiro – 70
Aeroportos
Nos aeroportos, o lugar mais contaminado segundo o Travelmath foi o botão que aciona o bebedouro, seguido da maçaneta dos banheiros. O estudo não especificou quais os tipos de bactérias encontrados, mas um resultado foi positivo. “A boa notícia é que todas as 26 amostras coletadas em aviões e aeroportos deram negativo para a presença de coliformes fecais como E. coli, que podem potencialmente causar infecções”, ressalta a pesquisa.
Dicas
O médico Ralcyon Teixeira, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, destaca algumas regras básicas a serem seguidas por quem quiser minimizar os riscos de uma contaminação provocada por bactérias:
– Quando for ao banheiro, lavar as mãos e usar uma folha de papel para puxar a maçaneta da porta, que é mais contaminada, já que nem todo mundo lava as mãos.
– Tentar higienizar as mãos antes de se alimentar. As companhias aéreas, principalmente em voos internacionais, distribuem lenços umedecidos na hora das refeições que podem ser usados para a limpeza das mãos.
– Tentar não colocar as mãos na boca, no nariz ou nos olhos. “A gente faz muito isso sem perceber. É bom se policiar”, diz o especialista.
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