A canadense
Melina Candinal, de 19 anos, que ainda não ingressou na universidade e aprendeu
a falar português nos três meses em que mora Brasil, ensina inglês aos
aplicados alunos que vivem nas vias públicas do bairro da Lapa. A jovem disse
que depois de assistir aos filmes sobre o caso do ônibus 174, decidiu vir para o
Brasil como voluntária.
O caso citado ocorreu na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde um criminoso
armado entrou em um ônibus e manteve os passageiros reféns por quase cinco
horas. A ação teve um desfecho trágico: uma refém e o criminoso morreram.
A jovem se
mantém no Brasil com o dinheiro que guardou quando trabalhava em cursos de
idiomas em Québec, cidade onde morava. Pretende voltar ao Canadá daqui a
três meses, quando o seu visto como turista vai expirar.
A turma nem
sempre é a mesma, mas os encontros acontecem três vezes por semana, sempre às
13h, no bairro da Lapa. Vestindo uma saia longa estampada, camiseta branca,
chinelos e óculos escuros, Melina chega ao local carregando uma sacola cheia, oferece iogurte, pão de forma, manteiga, mortadela e suco aos seus alunos.
Melina diz: Não vejo essas pessoas (moradores de rua) como a sociedade vê, não
tenho medo deles, prefiro que as aulas aconteçam na rua mesmo. É melhor para
eles, garante a jovem.
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