Meu nome é Fabiene Mattos, tenho 31 anos e sou aluna do 6º
semestre do curso de Relações Públicas do Centro Universitário Belas Artes e
preciso dizer que, estou apaixonada pela profissão que escolhi.
Como foi a escolha do curso?
Demorei muito tempo para retornar aos estudos (doze anos) e, por
isso, precisava escolher bem em qual curso queria me aventurar e fazer
acontecer. Trabalhei durante doze anos em empresas de comunicação visual, e
cheguei a pensar que Publicidade e Propaganda seria a escolha ideal, mas o
relacionamento com os públicos sempre foi a base das minhas práticas.
Eis que surgiu a oportunidade de voltar a estudar, quando
comecei a trabalhar na Belas Artes e através de uma pesquisa detalhada, percebi
o quanto a profissão de Relações Públicas era compatível com meu perfil. A possibilidade
de aprender técnicas de pesquisa, planejamento e estratégias, além do grande
leque de caminhos que eu poderia percorrer dentro dessa área, foi o que me fez
optar pelo curso e, confesso a vocês, foi a escolha mais perfeita que já fiz na
minha vida.
O que pensa em fazer após a conclusão
do curso?
Ainda não defini a especialidade dentro da profissão que pretendo
trabalhar, afinal, tudo me fascina, porém, tenho uma quedinha maior pela
comunicação interna de uma organização, ou até mesmo, me engajar na área de
Relações Públicas Comunitária, desenvolvi um amor por esse braço da profissão,
após a realização de um trabalho acadêmico que mudou radicalmente a minha visão
de mundo.
Fugindo um pouco (ou muito) do ambiente organizacional, tenho em
meus pensamentos uma grande vontade de lecionar também, então, investimentos em
mais estudos de especialização e mestrado, estão em meus planos.
Quais conhecimentos adquiridos no
estágio que não haviam sido fornecidos pela graduação?
Eu não estagio na área necessariamente, porém, tenho alguns
projetos em andamento em que aplico os conhecimentos adquiridos em sala de
aula. Como por exemplo, organizei a festa de 15 anos da minha filha. Foram 8
meses de preparação e dedicação usando as técnicas ensinadas durante a
disciplina de Eventos; descobri como realizar um evento é complexo e como o
trabalho minucioso faz toda a diferença, desde orçamentos de comes e bebes até
a escolha do local e de sua decoração, mas, apesar de toda tensão e insônia que
230 convidados me causavam, no final tudo aconteceu perfeitamente como o
planejado, não houve erros e o feedback dos convidados foi o melhor possível, o
que me deixou mais gratificada.
No trabalho integrado de planejamento do semestre passado, meu
grupo e eu optamos por uma empresa que não possuía uma comunicação concreta,
assim, usamos os conhecimentos para a criação completa desse planejamento
estratégico, que foi colocado em prática pela empresa de forma real. Pensamos
nesse trabalho como um estágio de seis meses, afinal, foi todo executado com um
cliente de verdade e colocado em prática, como nenhum outro projeto acadêmico
do grupo havia sido realizado.
Meu próximo projeto em pauta (esse de criação própria) é uma
campanha de conscientização que será criada junto à Prefeitura de São Paulo e
conto com o apoio de uma agência de publicidade, ainda não posso dar muitos
detalhes, mas prometo que assim que concretizada, o Blog RPantone terá a
exclusiva sobre o assunto e poderá nos acompanhar no lançamento. A ideia é que
empresas de grande porte também possam aderir à nossa campanha e demonstrar o
quanto se preocupam com as questões de responsabilidade social.
O que diferencia um bom profissional
de qualquer outro?
Em primeiro lugar, o conhecimento é essencial para que um bom
profissional seja reconhecido. Ter completa convicção do que fala e o que faz,
transmite confiança e dá credibilidade ao profissional. Clareza, transparência e
ética devem andar de mãos dadas, trabalhamos com a disseminação de informações
e confiança é a alma do negócio.
Acha outro idioma essencial nesse
meio?
Um segundo idioma é importantíssimo para quem trabalha com
comunicação, afinal, com a globalização, grandes organizações necessitam de
profissionais capacitados para o contato a nível global. Sofro um pouco com
isso, pois não possuo inglês ou espanhol e por isso conseguir um estágio se
torna praticamente impossível, a exigência por um segundo idioma é muito grande,
dificilmente encontramos vagas em que o inglês não é importante.
Estou à procura de estágio na área, quero muito me aventurar na
profissão que escolhi para a vida, mas confesso que está bastante complicado.
Trabalho, estudo e tenho filhos (sim, três filhos), o tempo está quase escasso,
porém, comecei a me dedicar a aprender o inglês por conta própria, só enquanto
não tenho tempo de investir em aulas particulares ou em um curso especializado.
Espero conseguir resultados positivos, vontade de aprender não me falta.
O que não pode faltar a um
profissional de RP?
O profissional de RP deve ser flexível, centrado e ter objetivos
claros. Sabemos que todo planejamento tem seus deslizes e saber reverter um
ponto negativo para pontos positivos é fundamental. Esse profissional deve ter
sempre em mente que a maior ferramenta de trabalho é o público, o que impacta
em todo e qualquer resultado a ser alcançado.
Não podemos esquecer-nos da responsabilidade social que deve
fazer parte da vida cotidiana do profissional e precisa ser colocada em
prática. O mundo precisa de pessoas que imponham essa visão e nada mais justo
que sejamos nós, Relações Públicas, com toda nossa capacidade de disseminação.
Acredita que todo estudante deve
passar por vários estágios ou fixar-se em apenas um?
Acredito ser importantíssimo que o estudante tenha experiências
diferenciadas dentro da área de Relações Públicas. Nossa profissão possui um
leque muito grande de possibilidades e se prender a apenas uma delas seria um
desperdício da capacidade e do conhecimento que adquirimos durante os quatro
anos de curso. Tenho as áreas que mais me agradam dentro da profissão, mas
gostaria de experimentar de tudo um pouco, para sentir com o que realmente me
identifico.
Para finalizar, agradeço ao Blog RPantone por me dar a chance de
contribuir com meus pensamentos e passagens pelo curso. Meu amor pela profissão
só aumenta e mostrar isso para aos novos colegas que estão chegando é muito
gratificante. Não é preciso estagiar de maneira formal, com contrato assinado,
para se aventurar na área; projetos próprios podem utilizar as técnicas que
aprendemos e passam despercebidos, por isso, sempre digo que tudo que
praticamos podem ser considerados grandes aprendizados profissionais.
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