sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O profissional da vez


Meu nome é Fabiene Mattos, tenho 31 anos e sou aluna do 6º semestre do curso de Relações Públicas do Centro Universitário Belas Artes e preciso dizer que, estou apaixonada pela profissão que escolhi.
Como foi a escolha do curso?
Demorei muito tempo para retornar aos estudos (doze anos) e, por isso, precisava escolher bem em qual curso queria me aventurar e fazer acontecer. Trabalhei durante doze anos em empresas de comunicação visual, e cheguei a pensar que Publicidade e Propaganda seria a escolha ideal, mas o relacionamento com os públicos sempre foi a base das minhas práticas.
Eis que surgiu a oportunidade de voltar a estudar, quando comecei a trabalhar na Belas Artes e através de uma pesquisa detalhada, percebi o quanto a profissão de Relações Públicas era compatível com meu perfil. A possibilidade de aprender técnicas de pesquisa, planejamento e estratégias, além do grande leque de caminhos que eu poderia percorrer dentro dessa área, foi o que me fez optar pelo curso e, confesso a vocês, foi a escolha mais perfeita que já fiz na minha vida.
O que pensa em fazer após a conclusão do curso?
Ainda não defini a especialidade dentro da profissão que pretendo trabalhar, afinal, tudo me fascina, porém, tenho uma quedinha maior pela comunicação interna de uma organização, ou até mesmo, me engajar na área de Relações Públicas Comunitária, desenvolvi um amor por esse braço da profissão, após a realização de um trabalho acadêmico que mudou radicalmente a minha visão de mundo.
Fugindo um pouco (ou muito) do ambiente organizacional, tenho em meus pensamentos uma grande vontade de lecionar também, então, investimentos em mais estudos de especialização e mestrado, estão em meus planos.
Quais conhecimentos adquiridos no estágio que não haviam sido fornecidos pela graduação?
Eu não estagio na área necessariamente, porém, tenho alguns projetos em andamento em que aplico os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Como por exemplo, organizei a festa de 15 anos da minha filha. Foram 8 meses de preparação e dedicação usando as técnicas ensinadas durante a disciplina de Eventos; descobri como realizar um evento é complexo e como o trabalho minucioso faz toda a diferença, desde orçamentos de comes e bebes até a escolha do local e de sua decoração, mas, apesar de toda tensão e insônia que 230 convidados me causavam, no final tudo aconteceu perfeitamente como o planejado, não houve erros e o feedback dos convidados foi o melhor possível, o que me deixou mais gratificada.
No trabalho integrado de planejamento do semestre passado, meu grupo e eu optamos por uma empresa que não possuía uma comunicação concreta, assim, usamos os conhecimentos para a criação completa desse planejamento estratégico, que foi colocado em prática pela empresa de forma real. Pensamos nesse trabalho como um estágio de seis meses, afinal, foi todo executado com um cliente de verdade e colocado em prática, como nenhum outro projeto acadêmico do grupo havia sido realizado.
Meu próximo projeto em pauta (esse de criação própria) é uma campanha de conscientização que será criada junto à Prefeitura de São Paulo e conto com o apoio de uma agência de publicidade, ainda não posso dar muitos detalhes, mas prometo que assim que concretizada, o Blog RPantone terá a exclusiva sobre o assunto e poderá nos acompanhar no lançamento. A ideia é que empresas de grande porte também possam aderir à nossa campanha e demonstrar o quanto se preocupam com as questões de responsabilidade social.
O que diferencia um bom profissional de qualquer outro?
Em primeiro lugar, o conhecimento é essencial para que um bom profissional seja reconhecido. Ter completa convicção do que fala e o que faz, transmite confiança e dá credibilidade ao profissional. Clareza, transparência e ética devem andar de mãos dadas, trabalhamos com a disseminação de informações e confiança é a alma do negócio.
Acha outro idioma essencial nesse meio?
Um segundo idioma é importantíssimo para quem trabalha com comunicação, afinal, com a globalização, grandes organizações necessitam de profissionais capacitados para o contato a nível global. Sofro um pouco com isso, pois não possuo inglês ou espanhol e por isso conseguir um estágio se torna praticamente impossível, a exigência por um segundo idioma é muito grande, dificilmente encontramos vagas em que o inglês não é importante.
Estou à procura de estágio na área, quero muito me aventurar na profissão que escolhi para a vida, mas confesso que está bastante complicado. Trabalho, estudo e tenho filhos (sim, três filhos), o tempo está quase escasso, porém, comecei a me dedicar a aprender o inglês por conta própria, só enquanto não tenho tempo de investir em aulas particulares ou em um curso especializado. Espero conseguir resultados positivos, vontade de aprender não me falta.
O que não pode faltar a um profissional de RP?
O profissional de RP deve ser flexível, centrado e ter objetivos claros. Sabemos que todo planejamento tem seus deslizes e saber reverter um ponto negativo para pontos positivos é fundamental. Esse profissional deve ter sempre em mente que a maior ferramenta de trabalho é o público, o que impacta em todo e qualquer resultado a ser alcançado.
Não podemos esquecer-nos da responsabilidade social que deve fazer parte da vida cotidiana do profissional e precisa ser colocada em prática. O mundo precisa de pessoas que imponham essa visão e nada mais justo que sejamos nós, Relações Públicas, com toda nossa capacidade de disseminação.
Acredita que todo estudante deve passar por vários estágios ou fixar-se em apenas um?
Acredito ser importantíssimo que o estudante tenha experiências diferenciadas dentro da área de Relações Públicas. Nossa profissão possui um leque muito grande de possibilidades e se prender a apenas uma delas seria um desperdício da capacidade e do conhecimento que adquirimos durante os quatro anos de curso. Tenho as áreas que mais me agradam dentro da profissão, mas gostaria de experimentar de tudo um pouco, para sentir com o que realmente me identifico.

Para finalizar, agradeço ao Blog RPantone por me dar a chance de contribuir com meus pensamentos e passagens pelo curso. Meu amor pela profissão só aumenta e mostrar isso para aos novos colegas que estão chegando é muito gratificante. Não é preciso estagiar de maneira formal, com contrato assinado, para se aventurar na área; projetos próprios podem utilizar as técnicas que aprendemos e passam despercebidos, por isso, sempre digo que tudo que praticamos podem ser considerados grandes aprendizados profissionais.


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