quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Gigante Acordou

Divulgação
A matéria comentada de hoje fala de um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias: os protestos que estão ocorrendo em várias cidades do Brasil por causa do aumento das passagens de ônibus. 

      Trazemos então a capa da Revista Veja São Paulo:

“Um protesto por dia, quem aguenta?”

 A matéria trata os manifestantes como arruaceiros, baderneiros, drogados entre outros adjetivos pejorativos  É afirmado que os manifestantes desejam, através das manifestações ocorridas nos dias 6, 7 e 11 desse mês, promover a desordem e transtornos, afetando aos paulistanos, que só querem ir para suas casas depois de um longo dia de trabalho. Os protestos são relatados como atos irresponsáveis, sem distinção de quem realmente está lutando pelos direitos dos cidadãos, igualando os manifestantes às pessoas que estão se camuflando para cometer vandalismo. Ainda é citado que os camelôs garantem a venda de bebidas alcoólicas enquanto são cantadas frases em ritmo de funk, dando ar de diversão a um movimento que não tem nada de divertido.

           A ação dos policiais é tida como defensiva, porque os manifestantes estão fugindo do controle e a única forma de contenção é uma ação mais dura e efetiva. Quando na realidade o que de início visava ser somente um protesto contra o aumento da passagem do transporte público, tida de modo pacífico, acabou se tornando uma passeata violenta por parte de policiais despreparados que usaram de gás lacrimogênio e balas de borracha para tentar esvaziar rapidamente os locas de manifestação.

         Esses manifestos são encabeçados por estudantes universitários da burguesia - aqueles com maior acesso à educação e que melhor conhecem as manipulações da mídia e do governo - que ao serem recebidos ofensivamente elevaram à discussão a outros assuntos como a educação, infra-estrutura e o fim da corrupção e o direito de se manifestar. Não era mais por apenas R$0,20.

Ao maior estilo ditadura militar, vimos mais uma vez cenas de jovens tomando as ruas, e mais uma vez uma polícia agressiva, que por conta de alguns mal-intencionados, distribuíram sua “contenção” sobre todos que se encontravam no local, não somente manifestantes, mas moradores que passavam no local, além de jornalistas e fotógrafos. Cenas essas que foram acobertadas e manipuladas por uma mídia, mais uma vez a favor do governo.

Mas em uma era digital na qual tudo é compartilhado instantaneamente, ficou difícil de esconder as falhas. E já na manhã do Quinto Ato Contra o Aumento da Passagem, a conta do twitter da Revista Veja, responsável por lhes trazer a matéria comentada de hoje, foi hackeada e tomada por mensagens contra ela mesma, e chamando as pessoas para virem às ruas protestarem.


E finalmente a geração dos acomodados, daqueles que tentavam fazer a diferença atrás de uma tela de computador, saiu do facebook e tomou as ruas para pedir condições melhores para um Brasil melhor.

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