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Divulgação
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A
matéria comentada de hoje fala de um dos assuntos mais discutidos nos últimos
dias: os protestos que estão ocorrendo em várias cidades do Brasil por causa do
aumento das passagens de ônibus.
Trazemos então a capa da Revista Veja São Paulo:
“Um protesto por dia, quem aguenta?”
A
matéria trata os manifestantes como arruaceiros, baderneiros, drogados entre
outros adjetivos pejorativos É afirmado que os manifestantes
desejam, através das manifestações ocorridas nos dias 6, 7 e 11 desse mês,
promover a desordem e transtornos, afetando aos paulistanos, que só querem ir
para suas casas depois de um longo dia de trabalho. Os protestos são relatados
como atos irresponsáveis, sem distinção de quem realmente está lutando pelos
direitos dos cidadãos, igualando os manifestantes às pessoas que estão se
camuflando para cometer vandalismo. Ainda é citado que os camelôs garantem a venda
de bebidas alcoólicas enquanto são cantadas frases em ritmo de funk, dando ar
de diversão a um movimento que não tem nada de divertido.
A ação dos policiais é tida como defensiva,
porque os manifestantes estão fugindo do controle e a única forma de contenção
é uma ação mais dura e efetiva. Quando na realidade o que de início visava ser
somente um protesto contra o aumento da passagem do transporte público, tida de
modo pacífico, acabou se tornando uma passeata violenta por parte de policiais
despreparados que usaram de gás lacrimogênio e balas de borracha para tentar
esvaziar rapidamente os locas de manifestação.
Esses manifestos são encabeçados por estudantes
universitários da burguesia - aqueles com maior acesso à educação e que melhor
conhecem as manipulações da mídia e do governo - que ao serem recebidos
ofensivamente elevaram à discussão a outros assuntos como a educação,
infra-estrutura e o fim da corrupção e o direito de se manifestar. Não era mais
por apenas R$0,20.
Ao maior
estilo ditadura militar, vimos mais uma vez cenas de jovens tomando as ruas, e
mais uma vez uma polícia agressiva, que por conta de alguns mal-intencionados,
distribuíram sua “contenção” sobre todos que se encontravam no local, não
somente manifestantes, mas moradores que passavam no local, além de jornalistas
e fotógrafos. Cenas essas que foram acobertadas e manipuladas por uma mídia,
mais uma vez a favor do governo.
Mas em
uma era digital na qual tudo é compartilhado instantaneamente, ficou difícil de
esconder as falhas. E já na manhã do Quinto
Ato Contra o Aumento da Passagem, a conta do twitter da Revista
Veja, responsável por lhes
trazer a matéria comentada de hoje, foi hackeada e tomada por mensagens contra ela
mesma, e chamando as pessoas para virem às ruas protestarem.
E
finalmente a geração dos acomodados, daqueles que tentavam fazer a diferença
atrás de uma tela de computador, saiu do facebook e tomou as ruas para pedir condições
melhores para um Brasil melhor.
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