Diogo
Moreira conceitua poder como um fenômeno social no qual uma vontade, individual
ou coletiva, se manifesta com capacidade de estabelecer uma relação da qual
resulta a produção de feitos desejados, que, de outra maneira, não ocorreriam
espontaneamente.
Na
citação de Moreira, nota-se que algo foi acrescentado: a valorização das
relações para o estabelecimento de poder. Na atualidade o poder não deve ser
algo explícito e sim implícito, de forma sutil para que a organização alcance
os seus objetivos e metas. Srour faz a seguinte citação, na qual compara mando
e influência: “Enquanto o mando, em sua última instância, opera com os meios
físicos para obter apoios e obediências, e acena sempre com o espantalho da
imposição, a influência opera com os meios cognitivos para obter adesões e
conformidade, e corresponde a persuasão e ao conhecimento” .
Nessa
citação constatamos que a diferença entre mandar e influenciar é a época em que
está inserido, ou seja, antes as organizações utilizavam somente o mando e atualmente
complementaram com a influência para obter legitimidade em suas atitudes.
Percebemos
então que as relações de influência e negociação fazem parte do poder. As Relações
Públicas trabalham com todos esses itens para legitimar as ações organizacionais.
Por isso as Relações Públicas estão ligadas à cúpula administrativa, utilizando
os instrumentos de comunicação e orientando na tomada de decisões da
organização frente aos seus públicos.
Flávio
Silveira no livro “Organizações e Sociedade: identidade, poder, saber e
comunicação na contemporaneidade” faz a citação, na qual denomina poder de
relação: “Ao invés de simples coerção, o poder é um mecanismo que gera regras e
estrutura relações. Está associado à capacidade de negociação entre autores
anônimos, que realizam processos de troca entre si (Friedberg, 1993). Não
podemos tomar o poder, uma vez que este não é um objeto, mas uma relação”.
As
Relações Públicas auxiliam na política da organização para que o poder seja
exercido de forma correta em que os públicos fiquem satisfeitos e legitimem as
suas ações.
Assim,
o poder organizacional, fundamentado pela arte das Relações Públicas, será
desempenhado de maneira correta, com relações bem estruturadas para que os
indivíduos que fazem parte da organização não se sintam apenas um objeto, mas
sim parte da dela.
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