segunda-feira, 17 de junho de 2013

Relações Públicas no Exercício de Poder


Diogo Moreira conceitua poder como um fenômeno social no qual uma vontade, individual ou coletiva, se manifesta com capacidade de estabelecer uma relação da qual resulta a produção de feitos desejados, que, de outra maneira, não ocorreriam espontaneamente.

Na citação de Moreira, nota-se que algo foi acrescentado: a valorização das relações para o estabelecimento de poder. Na atualidade o poder não deve ser algo explícito e sim implícito, de forma sutil para que a organização alcance os seus objetivos e metas. Srour faz a seguinte citação, na qual compara mando e influência: “Enquanto o mando, em sua última instância, opera com os meios físicos para obter apoios e obediências, e acena sempre com o espantalho da imposição, a influência opera com os meios cognitivos para obter adesões e conformidade, e corresponde a persuasão e ao conhecimento”.

Nessa citação constatamos que a diferença entre mandar e influenciar é a época em que está inserido, ou seja, antes as organizações utilizavam somente o mando e atualmente complementaram com a influência para obter legitimidade em suas atitudes.

Percebemos então que as relações de influência e negociação fazem parte do poder. As Relações Públicas trabalham com todos esses itens para legitimar as ações organizacionais. Por isso as Relações Públicas estão ligadas à cúpula administrativa, utilizando os instrumentos de comunicação e orientando na tomada de decisões da organização frente aos seus públicos.

Flávio Silveira no livro “Organizações e Sociedade: identidade, poder, saber e comunicação na contemporaneidade” faz a citação, na qual denomina poder de relação: “Ao invés de simples coerção, o poder é um mecanismo que gera regras e estrutura relações. Está associado à capacidade de negociação entre autores anônimos, que realizam processos de troca entre si (Friedberg, 1993). Não podemos tomar o poder, uma vez que este não é um objeto, mas uma relação”.

As Relações Públicas auxiliam na política da organização para que o poder seja exercido de forma correta em que os públicos fiquem satisfeitos e legitimem as suas ações.

Assim, o poder organizacional, fundamentado pela arte das Relações Públicas, será desempenhado de maneira correta, com relações bem estruturadas para que os indivíduos que fazem parte da organização não se sintam apenas um objeto, mas sim parte da dela.

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