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“Relações Públicas e Publicidade, um trabalho integrado e sequencial”.
Aos 29
anos, formado em Design Gráfico pelo Centro Universitário Belas Artes de São
Paulo, é pós-graduado em Marketing e Comunicação, e mestre em Comunicação na
Contemporaneidade pela Cásper Libero.
Já trabalhou com clientes de grande porte como: Nestlé, São Paulo
Fashion Week e Playboy. Atualmente está doutorando em Tecnologia da
Inteligência e Design Digital pela PUC e leciona diferentes instâncias para
turmas de comunicação.
Sabemos que a área de
publicidade tem ligação direta com a imagem da empresa, tanto para o seu
público interno quanto externo, tendo em vista este relacionamento, como você
define a importância do RP no dia destes profissionais?
São
duas áreas que se juntam, o RP em muitos momentos determina o posicionamento da
empresa, quais características a empresa vai colocar em evidência para passar
isso ao profissional de publicidade que faz com que a ideia se torne concreta,
então este lado mais intelectual da criação da imagem é feito pelo
relações-públicas para depois a publicidade dar corpo a isso.
Você já passou por uma
situação de aprendizado que envolve os princípios de Relações Públicas?
Depende
dos princípios, passamos por isso todos os dias, dentro da área de comunicação
não tem como fugir, seja relações públicas, publicidade e propaganda, rádio e
TV ou qualquer outra, por serem áreas muito parecidas e coligadas passamos por
isso o tempo todo.
Qual foi o seu primeiro
contato com a área de Relações Públicas ou com o profissional de RP?
Desde os meus 16 anos eu já trabalhava com publicidade e neste ramo
sempre temos contatos com as empresas e por consequência com o pessoal de RP,
mas eu me envolvi com mais intensidade quando comecei a dar aula para alunos de
relações públicas.
Qual o ponto na
profissão do RP que você acha muito importante para o desenvolvimento de um
trabalho na sua área?
O
Relações-Públicas tem que ter uma visão ampla tanto da parte interna da empresa
quanto da externa, para conseguir entender qual é a visão que essa empresa tem
que passar, tanto do que existe dentro dela quanto do que tem que ser recebido
fora dela, então é um trabalho gigantesco por causa disso, envolve um intelecto
muito grande para pensar dentro e fora e ainda qual é o meio termo de tudo isso.
Como se monta um
bom portfólio?
A
primeira coisa de montar um portfólio vem antes da montagem, é você saber
quais são as suas características, seus pontos fortes. Às vezes vamos
levar um portfólio em uma empresa e queremos ter uma quantidade grande de
coisas que fizemos e acabamos colocando qualquer coisa e isso não é o
principal. O nosso portfólio tem que ter as nossas características, aquilo que
sabemos fazer, no que nos damos bem, mostrar o profissional que você realmente
é, se você é do tratamento de imagem, da fotografia, da ilustração, como você
mostra essa personalidade dentro daquilo que você cria? É claro que trabalhando
na área de comunicação nós criamos coisas diversas para públicos diversos, mas
isso sempre acaba tendo a nossa característica, nossa personalidade, e o
portfólio a primeira coisa que temos que pensar é isso, o que tem que ter nesse
portfólio? Tem que ter a minha cara, a minha personalidade, aquilo que eu
realmente sei fazer, o meu talento.
Qual a relação existente
entre a publicidade, mídia e empresas?
Todas.
A empresa precisa da publicidade para construir todas as características que
vem das Relações Públicas, de como essas características que são construídas
tomam corpo dentro da publicidade e como a publicidade utiliza das mídias para
transmitir tudo isso que foi criado anteriormente, então é um trabalho
sequencial, alguém que cria uma característica, quem dá corpo, quem veicula, e
assim isso vai fazendo parte da comunicação completa.
Qual a maior dificuldade
da publicidade no meio corporativo?
Não é
bem no meio corporativo, a maior dificuldade da publicidade em si é fazer o
intercâmbio de informações. Uma das características principais do publicitário
é conseguir entender aquilo que é pedido pelo cliente, o que o público alvo
quer e como colocar essas visões dentro de uma só, traduzindo dentro da visão
dele o que são essas coisas, então em qualquer ambiente o publicitário sempre
está em um meio termo que ele tem que ficar o tempo inteiro entendendo o
repertório das outras pessoas para conseguir avaliar tudo isso e criar em cima
disso.
Algum profissional de
publicidade ou comunicação lhe inspirou para entrar nessa área?
Por
eu ser da área de publicidade, tenho mais paixões pelos publicitários, mas acho
que todo mundo tem paixões pelas pessoas de comunicação em si, tanto que na
verdade as pessoas que mais me inspiram não são nem da área de publicidade ou
relações públicas, são da área da comunicação, seja de fotografia e ilustração,
do mundo das artes. Dar nomes é muito complicado, não gosto de dar nomes porque
parece que quando você dá o nome de um está excluindo o outro.
Qual trabalho mais te
"excitou" até o momento?
Eu
fico entre dois clientes, São Paulo Fashion Week e Nestlé, foram dois clientes
que eu gostei muito, talvez São Paulo Fashion Week foi o mais bacana de fazer,
foi o máximo da manipulação de imagens, do trabalho de conceito, era totalmente
integrado, principalmente com o pessoal de relações públicas que sabia muito
bem o que estava fazendo. Chegou um trabalho muito bacana para nós na agência,
então quando trabalhamos isso ficou muito bom, foi um dos trabalhos que eu mais
tive prazer em fazer pelo fato de ter sido muito bem pensado desde o inicio, no
momento da finalização da criação da publicidade já havia um conceito bem
construído para desenvolvimento do trabalho.
Como professor de
publicidade e relações públicas você nota alguma diferença entre os alunos?
Qual é o perfil do RP?
Total.
A grande diferença que eu vejo, não é o que eu gostaria que fosse, mas é uma
separação muito grande, as pessoas separam muito, “eu sou RP e você
publicitário”, sem entender que os dois acabam convivendo no mesmo ambiente
durante a vida profissional, e parece que os alunos hoje veem “ Eu sou o
relações-públicas, sou o lado pensante, e eu sou publicitário o lado
operacional”, porém não é nada disso, você precisa ser pensante e
operacional dentro de RP e dentro de publicidade, são duas áreas muito
integradas, e hoje dentro dos cursos de graduação em comunicação, vejo muitos
alunos pensarem dessa forma segregada, mas quando eu olho pro mercado, eu vejo
RP trabalhando como publicitário, publicitário trabalhando como RP, porque
quando vamos para o mercado nós vemos que essas diferenças não existem.
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