quarta-feira, 5 de março de 2014

Ucrânia – Conflitos movidos por um desejo comum

Imagem: A Praça da Independência, em Kiev, no dia 19 de Fevereiro (Fonte: Wall Street Journal)

Nos últimos dois meses, as manifestações na Ucrânia conquistaram uma plateia mundial para assistir o desenrolar da população insatisfeita com o governo atual. O estopim foi a recusa do presidente, destituído recentemente, Viktor Yanukovych, em assinar o acordo de cooperação com a União Europeia. Essa decisão foi influenciada pela Rússia que, historicamente, se envolve nas decisões do governo ucraniano. A posse do próprio Yanukovych, em 2004, foi manipulada pela Rússia, o que originou a revolução laranja, como era chamada a manifestação na época. Desde então, o país nunca esteve tão unido em lutar por um ideal.
Um vídeo viral (http://www.youtube.com/watch?v=T4ccK0epvco) chamou a atenção recentemente. Nele, uma manifestante desabafa durante um dos confrontos: “Isso aqui não é a União Soviética”. O vídeo foi postado no inicio do mês de Fevereiro, mas só chamou atenção da imprensa internacional na quinta feira passada (27/02), quando o número de mortos nos conflitos aumentou. No final, a manifestante faz um apelo para aqueles que o assistirem, pedindo apoio ao povo ucraniano.
É possível observar que com a recente destituição de Yanukovych pelo Parlamento Ucraniano, o povo, mesmo em meio ao cenário catastrófico, de certa forma reacende suas esperanças, já que novas eleições foram marcadas para 25 de Maio. Outra notícia positiva é que as autoridades afirmaram defender apenas ao povo ucraniano, servindo e apoiando a reivindicação da população por mudanças o mais rápido possível.
Ainda não é possível estabelecer com determinismo o futuro da Ucrânia. É necessário acompanhar o desenrolar dos fatos ao longo dos próximos meses e torcer para que o país conquiste o tão esperado sonho de independência e afirmação nacional.
Em meio a tantos problemas políticos e sociais que o mundo está passando, este é apenas mais um. Porém, não podemos ignorar o fato que o desejo de uma vida melhor, com mais liberdade, é o que move as pessoas, seja pela dor ou seja pelo amor.

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