quinta-feira, 24 de abril de 2014

Entrevista com Flavia Martins

Fonte: arquivo pessoal

“Olhem bem para os seus amigos da faculdade, do seu trabalho ou qualquer outra pessoa que você venha a conhecer futuramente.” – Flavia Martins

Flavia Martins é a nossa entrevistada da semana! Com 23 anos, formou-se em 2012 no curso de Relações Públicas pela Universidade Metodista de São Paulo. Trabalhou na agência Espalhe e acompanhou parte de sua aquisição pelo grupo Publicis. Atualmente morando no exterior, a profissional está cursando a Pós-Graduação em Business Administration na Harford Community College. Veja a entrevista completa e acompanhe um pouquinho da experiência de Flavia!

Por que a escolha em fazer uma Pós-Graduação no Exterior?
Desvincular-me do mercado de trabalho brasileiro para me dedicar a uma pós-graduação no exterior não foi uma decisão simples ou fácil. O Brasil vive um momento revolucionário, com muitas oportunidades de trabalho e, por esse motivo, qualquer decisão deve ser pensada e repensada exaustivamente.
Minha escolha foi motivada pelos ganhos acadêmicos que me renderiam essa experiência, como aprendizado cultural, pessoal e, claro, profissional.  Além do inglês que é fundamental na profissão de Relações Públicas, posso aproveitar oportunidades que não teria no Brasil. Faço cursos gratuitos de computação e redes sociais e expandi meu networking profissional. Estou aprendendo sobre os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos e participei de um treinamento sobre finanças. Digo tudo isso para chegar a uma conclusão: experiências internacionais são maravilhosas, especialmente se você tirar delas tudo o que puder.

Você está fazendo a Pós-Graduação em Business, um assunto bem amplo. Como você acha que isso impactará no desenvolvimento da sua atividade como Relações Públicas?
O nosso campo de trabalho profissional é muito amplo e devemos estar preparados para enfrentar o máximo de desafios possíveis. Após minha formação e anos no mercado de trabalho, senti que me faltava uma visão integrada de negócios. O curso de Business está me proporcionando conhecimentos e ferramentas fundamentais para que eu esteja apta a assumir posições gerenciais, lidar com a comunicação interna de empresas multinacionais e me sentir confortável com orçamentos e outras questões financeiras.

Você estava no mercado de trabalho antes de ir morar fora. Quando decidiu por fazer a Pós-Graduação no Exterior, você percebeu, na empresa em que trabalhava que as portas estariam abertas quando você retornasse? Como foi a receptividade dos seus supervisores com essa decisão?
No mesmo mês em que anunciei minha saída, a Espalhe, agência em que eu trabalhava, comunicava ao mercado sua incorporação ao grupo Publicis. A fluência do idioma americano passou a ser uma obrigação para os profissionais e, por esse motivo, recebi todo o suporte e apoio dos meus imediatos, que sabiam que o meu objetivo era aprimorar meus conhecimentos para que futuramente possa aplicá-los no Brasil.

Antes de sua saída da agência Espalhe, você acompanhou parte de sua aquisição pelo grupo Publicis. Como funcionária, percebeu algum tipo de impacto que teve essa venda? A estrura organizacional da Espalhe foi afetada?
Participei muito superficialmente dessa movimentação, mas posso afirmar que afetou radicalmente a estrutura da Espalhe. Houve muita instabilidade e insatisfação nos momentos que precederam o anúncio da venda. Sabíamos que era um assunto delicado e sigiloso, mas somos comunicadores e não nos agradava escutar boatos e acompanhar as notícias da agência em que atuávamos apenas pelos jornais. Hoje, ao conversar com meus antigos companheiros de trabalho, vejo que estão todos satisfeitos com a mudança. Os profissionais deixaram de ser autônomos e foram contratados pelo novo grupo. Passaram a atuar em âmbito mundial, as equipes cresceram novas oportunidades e um plano de carreira melhor definido. Enfim, essas são algumas das muitas modificações que acompanhamos com a aquisição da Espalhe.

A Espalhe é uma agência dedicada a fazer marcas e produtos serem assunto, deixando claro que não é uma agência de propaganda. Lá, qual o papel que você desenvolvia como RP? Com quais contas você trabalhou? Teve algum case que te marcou de alguma forma?
Durante meus anos na Espalhe, eu atuei na área de Assessoria de Imprensa. Passei por muitas contas e todas me marcaram de alguma forma. Os principais clientes que atendi ou auxiliei de alguma forma são: Fiat, Lacta, Trident, Tang, Halls e Santander.
O case que mais me emocionou foi um projeto para o Dia dos Namorados. A Halls promoveu um casamento em Las Vegas. Por meio de um aplicativo desenvolvido na Espalhe, reunimos dois solteiros desconhecidos e dispostos a casar na cidade mais louca do mundo: Las Vegas. A promoção chegou ao fim com mais de 8000 pessoas inscritas no aplicativo e a divulgação, que envolveu a imprensa internacional, rendeu mais de 9 milhões de equivalência publicitária para a marca, em apenas dois meses de ação.

Como profissional de Relações Públicas já formada, que conselho você daria aos estudantes e futuros profissionais da área?
Não falarei da importância do Inglês, pois isso já passou a ser pré-requisito no nosso campo. Meu conselho é: olhem bem para os seus amigos da faculdade, do seu trabalho ou qualquer outra pessoa que você venha a conhecer futuramente. Os contatos profissionais realizados abrirão portas para futuras parcerias, colaborações e oportunidades. 

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