Fonte: arquivo pessoal
“Olhem
bem para os seus amigos da faculdade, do seu trabalho ou qualquer outra pessoa
que você venha a conhecer futuramente.” – Flavia Martins
Flavia Martins é a nossa entrevistada da semana! Com 23 anos,
formou-se em 2012 no curso de Relações Públicas pela Universidade Metodista de
São Paulo. Trabalhou na agência Espalhe e acompanhou parte de sua aquisição
pelo grupo Publicis. Atualmente morando no exterior, a profissional está
cursando a Pós-Graduação em Business Administration na Harford Community
College. Veja a entrevista completa e acompanhe um pouquinho da experiência de
Flavia!
Por que a escolha em fazer uma
Pós-Graduação no Exterior?
Desvincular-me
do mercado de trabalho brasileiro para me dedicar a uma pós-graduação no
exterior não foi uma decisão simples ou fácil. O Brasil vive um momento
revolucionário, com muitas oportunidades de trabalho e, por esse motivo,
qualquer decisão deve ser pensada e repensada exaustivamente.
Minha
escolha foi motivada pelos ganhos acadêmicos que me renderiam essa experiência,
como aprendizado cultural, pessoal e, claro, profissional. Além do inglês que é fundamental na profissão
de Relações Públicas, posso aproveitar oportunidades que não teria no Brasil.
Faço cursos gratuitos de computação e redes sociais e expandi meu networking
profissional. Estou aprendendo sobre os principais veículos de comunicação dos
Estados Unidos e participei de um treinamento sobre finanças. Digo tudo isso
para chegar a uma conclusão: experiências internacionais são maravilhosas,
especialmente se você tirar delas tudo o que puder.
Você está fazendo a Pós-Graduação em Business, um assunto bem amplo. Como você acha que isso impactará no desenvolvimento da sua atividade como Relações Públicas?
O
nosso campo de trabalho profissional é muito amplo e devemos estar preparados
para enfrentar o máximo de desafios possíveis. Após minha formação e anos no mercado
de trabalho, senti que me faltava uma visão integrada de negócios. O curso de
Business está me proporcionando conhecimentos e ferramentas fundamentais para
que eu esteja apta a assumir posições gerenciais, lidar com a comunicação
interna de empresas multinacionais e me sentir confortável com orçamentos e
outras questões financeiras.
Você estava no mercado de trabalho
antes de ir morar fora. Quando decidiu por fazer a Pós-Graduação no Exterior,
você percebeu, na empresa em que trabalhava que as portas estariam abertas
quando você retornasse? Como foi a receptividade dos seus supervisores com essa
decisão?
No
mesmo mês em que anunciei minha saída, a Espalhe, agência em que eu trabalhava,
comunicava ao mercado sua incorporação ao grupo Publicis. A fluência do idioma
americano passou a ser uma obrigação para os profissionais e, por esse motivo,
recebi todo o suporte e apoio dos meus imediatos, que sabiam que o meu objetivo
era aprimorar meus conhecimentos para que futuramente possa aplicá-los no
Brasil.
Antes de sua saída da agência Espalhe,
você acompanhou parte de sua aquisição pelo grupo Publicis. Como funcionária,
percebeu algum tipo de impacto que teve essa venda? A estrura organizacional da
Espalhe foi afetada?
Participei
muito superficialmente dessa movimentação, mas posso afirmar que afetou radicalmente
a estrutura da Espalhe. Houve muita instabilidade e insatisfação nos momentos
que precederam o anúncio da venda. Sabíamos que era um assunto delicado e
sigiloso, mas somos comunicadores e não nos agradava escutar boatos e
acompanhar as notícias da agência em que atuávamos apenas pelos jornais. Hoje,
ao conversar com meus antigos companheiros de trabalho, vejo que estão todos
satisfeitos com a mudança. Os profissionais deixaram de ser autônomos e foram
contratados pelo novo grupo. Passaram a atuar em âmbito mundial, as equipes cresceram
novas oportunidades e um plano de carreira melhor definido. Enfim, essas são
algumas das muitas modificações que acompanhamos com a aquisição da Espalhe.
A Espalhe é uma agência dedicada a
fazer marcas e produtos serem assunto, deixando claro que não é uma agência de
propaganda. Lá, qual o papel que você desenvolvia como RP? Com quais contas
você trabalhou? Teve algum case que te marcou de alguma forma?
Durante
meus anos na Espalhe, eu atuei na área de Assessoria de Imprensa. Passei por
muitas contas e todas me marcaram de alguma forma. Os principais clientes que
atendi ou auxiliei de alguma forma são: Fiat, Lacta, Trident, Tang, Halls e
Santander.
O
case que mais me emocionou foi um projeto para o Dia dos Namorados. A Halls promoveu um
casamento em Las Vegas.
Por meio de um aplicativo desenvolvido na Espalhe, reunimos dois solteiros
desconhecidos e dispostos a casar na cidade mais louca do mundo: Las Vegas. A promoção
chegou ao fim com mais de 8000
pessoas inscritas no aplicativo e a divulgação, que envolveu a
imprensa internacional, rendeu mais de 9 milhões de equivalência publicitária
para a marca, em apenas dois meses de ação.
Como profissional de Relações Públicas
já formada, que conselho você daria aos estudantes e futuros profissionais da
área?
Não
falarei da importância do Inglês, pois isso já passou a ser pré-requisito no
nosso campo. Meu conselho é: olhem bem para os seus amigos da faculdade, do seu
trabalho ou qualquer outra pessoa que você venha a conhecer futuramente. Os
contatos profissionais realizados abrirão portas para futuras parcerias,
colaborações e oportunidades.
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