No
Brasil, é dada por lei a liberdade de expressão e opinião, como na declaração
universal dos direitos humanos, artigo XIX, a mesma liberdade que, na teoria,
garantiria ao cidadão brasileiro o direito de ir e vir, tornando-o isento de
abusos oligarcas capazes de interferir na voz do povo. E por que o uso do termo
“na teoria”? Ora, que indivíduo nascido e vivido nesta nação não saberia?
Entende-se, ou não, a realidade de um
país ainda não desenvolvido, que deveria usufruir de seus direitos, e assim
como na lei, desfrutar da possibilidade de se expressar, por diferentes meios,
e de enviar e receber informações, sem a intervenção de fronteiras. Mas não é
bem assim. A comunicação, principalmente por meios massivos, encontra-se bem
atrás do que poderíamos chamar de justa.
Diferentemente do que consta na declaração universal dos direitos humanos, no artigo XIX, o direito de liberdade de expressão e opinião é aqui, no país do futebol e do carnaval, desestruturado. É equívoca a lógica dessa liberdade. O Brasil sofre a dominação extrema das mais de dez famílias brasileiras, que controlam e interveem em todo tipo de informação passada por meios de comunicação de massa. Para abrir uma rádio, um programa de TV ou até mesmo um jornal ou revista, é necessária concessão pública, que por sua vez, necessita da autorização do governo e também da passagem pelas famílias dominantes, as quais se inserem a família Marinho e também Abravanel.
A
ironia dessa realidade leva a dizer que o “país de todos” é, na verdade, o
“país de alguns”. Dentro da comunicação massiva, que possui maior potencial ao
atingir uma quantidade realmente grande de pessoas, a burocracia do mercado faz
a festa, e toma conta do que deve ou não ser publicado. Rádios “piratas” são
constantemente barradas e fechadas, por não terem a aprovação desse domínio
burocrata, o mesmo que sequer analisou seu pedido de concessão pública, entre
muitos que são arquivados diariamente. Mas a questão é: por que elas seriam
barradas se, de certa forma, também tem a liberdade de expressão e opinião,
imposta por lei, a também todos os brasileiros, que como cada indivíduo do
governo ou das famílias dominantes brasileiras, são seres humanos capazes de
pensar e raciocinar?
Direitos que estão no papel, mas não existem, propostas que são feitas e não cumpridas, justiça que é prometida e nem sequer sente-se o cheiro dela. Infelizmente o Brasil ainda é um país dominado por uma oligarquia feroz, que tenta sucintamente, mascarar as várias limitações que destroem a liberdade do cidadão concedida por direito.
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