quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Entrevista com Paloma Alvarez Alonso

Fonte: arquivo pessoal

A Entrevistada de hoje é Paloma Alvarez Alonso, 27 anos, graduada em Jornalismo e pós graduada em Comunicação Empresarial pela Universidade Metodista. Trabalha na área de assessoria de imprensa do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) há seis anos. Dentro da área de comunicação Paloma já teve algumas outras experiências como: jornalista freelancer e fotógrafa para alguns portais de entretenimento como Otaku Brasil, Cosplay Brasil e Yahoo.


1-        O que te levou a escolher a formação de Jornalista? 
Na verdade foi meio por acaso. Eu prestei história na USP e acabei não passando por poucos pontos. Aí, me inscrevi para o vestibular a Metodista em Comunicação Mercadológica, que é mais ou menos um marketing. Fiz um ano do curso e não gostei, queria tudo menos ir para a faculdade. Foi quando tentei uma transferência para jornalismo, também na Metodista. Com o passar do tempo percebi que era o que eu realmente gostava. Durante a faculdade, nunca tinha pensado em trabalhar com assessoria de imprensa, queria mesmo era trabalhar com revistas. Mas, acabei entrando no Semasa, comecei a trabalhar com a parte de assessoria e me apaixonei. Hoje não penso em trocar a assessoria por um jornal, por exemplo, de forma nenhuma.
2-        Como você relaciona a profissão de um jornalista com a profissão de um relações-públicas?
Acho que as duas profissões se complementam. Por um lado, no jornalismo acabamos mais focados com a parte escrita da coisa, a apuração, a produção da matéria. O relações públicas acaba focando seu trabalho na parte mais prática, em auxiliar a produção de pautas, de eventos e outras coberturas. Ambos os profissionais ‘colocam a mão na massa’, mas acho até que o RP acaba sendo o que está mais em contato com o público em geral. O jornalista acaba sendo o profissional que escreve e apura a matéria ou o release para a empresa e transforma um emaranhado de informações em um texto coerente. Acho também que um também pode e deve auxiliar o outro, justamente porque as formações se complementam e são muito similares entre si.
3-        Você já teve a oportunidade de trabalhar com algum profissional de Relações Públicas? 
Trabalhei por um breve período com uma estagiária em Relações Públicas aqui no Semasa.
4-        De que maneira você acha que a área da comunicação colabora para as organizações e também para a sociedade?
Acho que a comunicação é essencial para tudo na vida, principalmente para as organizações, que precisam saber como e de que forma se comunicar com seus clientes. Hoje, as informações se propagam de forma muito rápida e ágil, e a comunicação é parte importante neste processo. Acho que nós, enquanto profissionais da área, temos um compromisso ainda mais com este processo, pois de certa forma, a informação oficial que vai para o público depende de nós.
5-        Para você, qual a importância da comunicação social para o universo das organizações?
Hoje em dia é muito fácil e simples noticiar ou informar algo, seja para o bem ou para o mal.O profissional de comunicação é justamente a ferramenta necessária, dentro das organizações, para saber lidar com esse volume de informações, seja para comunicar, para sanar dúvidas, gerenciar crises, entre outros. Sem a comunicação social dentro das empresas, com certeza o universo empresarial seria muito mais confuso e caótico, sem qualidade nos processos. Hoje, uma empresa que deseja crescer no mercado, já pensa em sua imagem institucional e organizacional, e para isso precisa de profissionais da área de comunicação social. E ser profissional da área, não é puramente gostar de mexer no twitter/facebook e outras redes, para ser um ‘analista de mídias sociais’. Acho que hoje em dia há uma banalização bastante grande do mercado em relação aos profissionais de comunicação. Por exemplo, não é porque a profissão de jornalista não pede mais o diploma (uma vergonha, diga-se de passagem), que você deve contratar um profissional sem qualquer qualificação para trabalhar no seu jornal/empresa, por um salário aquém do que seria ideal.
6-        Qual deve ser a essência de um bom profissional de comunicação?
Que pergunta difícil. Não sei. Pessoalmente, acho que não tem receita de bolo. Acho que como em qualquer coisa na vida você precisa ser ético e responsável. Além disso, a pessoa tem que gostar mesmo do que faz. Lidar com comunicação não é fácil e requer bastante dedicação, ao contrário do que muitos podem pensar. É preciso estar sempre atento e corrigir os erros.  Uma coisa que eu sempre tive convicção ao entrar nessa área é a de que não somos super heróis, quer dizer, não adianta querer entrar na faculdade com síndrome de Madre Teresa de Calcutá e sair querendo mudar o mundo. Dá pra mudar o mundo sim, mas as coisas não são nem tão mágicas nem tão simples assim.

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