quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Somos todos azuis, pretos e brancos!

(Fonte: esporte.band.uol.com.br)


SOMOS TODOS AZUIS, PRETOS E BRANCOS!

 Na quinta-feira do dia 2 de julho de 2014, a lei de Direitos Civis que proibiu a discriminação racial nos Estados Unidos completou meio século de existência, sendo uma das maiores conquistas do movimento civil por direitos através da mudança da legislação, uma ação pacífica que contou com líderes como Martin Luther King e Rosa Parks. Antigamente, os negros nasciam em hospitais separados e eram enterrados em áreas diferentes, após uma vida em que não podiam estudar nas escolas para brancos, nem viajar em seus assentos, nem comer em seus restaurantes, nem usar o mesmo banheiro público... e assim por diante.
 No entanto, atualmente, em pleno século XXI, ainda temos vestígios de uma parte da população com fortes pensamentos e atos de racismo e nos encontramos longe de comemorarmos tal conquista.  Nesta última quinta-feira do dia 28/08, todos presenciaram atos de puro racismo diante dos canais de televisão e posteriormente, diante de todas as mídias sociais, onde durante o jogo de futebol do Grêmio x Santos torcedores do time do Grêmio atacaram o goleiro do Santos com xingamentos e palavras de baixo calão.
  Mário Lúcio Duarte Costa, mais conhecido por “Aranha”, é goleiro do time do Santos, tem 33 anos de idade e 15 anos de futebol profissional. Em entrevistas obtidas pelas mídias, o goleiro afirma que já passou por situações semelhantes antes e que no futebol infelizmente é “normal” atitudes assim.
  Patrícia Moreira da Silva, uma das acusadas que ofendeu verbalmente o goleiro, tem 23 anos de idade e é auxiliar de um centro odontológico em Porto Alegre. Esta por sua vez, está escondida na casa de familiares, uma vez que sua casa foi apedrejada e suas redes sociais bombardeadas por indignações de pessoas contra o ato de racismo de Patrícia.
 O racismo no Brasil e no mundo tem uma grande cúmplice e incentivadora, a omissão. Ela estimula que torcedoras comparem negros a macacos, gritando ou colocando um boneco de pelúcia com o uniforme do time rival. Até quando a Fifa, a CBF e a sociedade vão dar cobertura a este tipo de gente? Como ficará a impunidade de indivíduos que agem desta maneira?
 Devemos lembrar também de que isto ocorre muitas vezes em estádios de futebol, mas isto não quer dizer que nas ruas e em outros locais públicos ou privados, isto seja diferente.
 Há muitas leis que o governo brasileiro colocou na constituição, com penalidades muitas vezes não muito justas, porém, muitas delas não são nem levadas à tal penalidade, quem dirá ser colocada em prática nas ruas e estádios.
 Atualmente, cabe a nós indivíduos tomarmos alguma providência e denunciarmos ou repudiarmos tal ato, para que talvez no futuro quem saiba, estas leis realmente comecem a serem colocadas em prática, aquilo que na teoria já era para estar funcionando e punindo tais indivíduos racistas.  

‘Art. 5. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei’. (Constituição Federal de 1988)


Disque 156 opção 7 para denuncia de racismo ou injúria racial.

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