quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Entrevista com Luiz Alberto de Farias


Doutor em Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina (Prolam) da Universidade de São Paulo; mestre em Comunicação e Mercado, especialista em Teoria da Comunicação e graduado em Relações Públicas pela Faculdade Casper Líbero; graduado em Jornalismo pela Universidade Cruzeiro do Sul. É professor-doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde coordenou o curso de Relações Públicas de 2012 a 2013, e atua no programa de pós-graduação Stricto sensu em Ciências da Comunicação como professor permanente; professor-titular licenciado da Faculdade Cásper Líbero, onde coordenou o curso de Relações Públicas de 2011 a 2013; foi professor e coordenador do Curso de Comunicação Social da Universidade Cruzeiro do Sul. É diretor Acadêmico das Escolas de Comunicação e Educação da Universidade Anhembi Morumbi (Laureate International Universities), onde também atua como professor colaborador no programa de pós-graduação Stricto sensu em Comunicação. Atualmente é diretor presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Editor da Organicom Revista Bras Comunicação Organizacional e Relações Públicas; editou o Jornal Intercom; atuou como diretor administrativo da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), como diretor administrativo da Associação Brasileira de Pesquisadores de Relações Públicas e Comunicação Organizacional (Abrapcorp); foi vice-presidente de planejamento e, por duas gestões, presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP-SP); também atuou como conselheiro-suplente do Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas 2a. Região (SP/PR). Na Rádio USP co-apresentou o Programa Trilha Profissional. Organizador do livro "Relações Públicas Estratégicas" (Summus, 2011). Autor de "A literatura de relações públicas - produção, consumo e perspectivas' (São Paulo: Summus, 2004); co-autor de "Comunicación estratégica en las organizaciones" (México-DF: Trillas, 2006), "Hiperpublicidade" (São Paulo: Thomson, 2007), "Comunicação brasileira no século XXI - Intercom: ação, reflexão" (São Paulo: Intercom, 2007), "UInidade e diversidade na Comunicação" (Intercom, 2008), "Gestão estratégica de comunicação organizacional e relações públicas" (S. C.do Sul: Difusão, 2008), "Comunicação organizacional - história, fundamentos e processos" (Saraiva, 2009), "Cumbre Mundial de Comunicación Política" (B.Aires, Zorzal, 2010), dentre outros; co-organizador de "Aprender na prática" (São Paulo: Unicsul/Ed. Inteligentes, 2007).

Qual foi o plano traçado para realizar as suas metas e chegar ao sucesso profissional em que se encontra hoje?  Teve que abrir mão de muitas coisas durante sua trajetória?

Entendo que a cada período de nossas vidas tenhamos que rever os planos, como fazem as próprias empresas. Talvez a cada cinco anos. Quando do início de minha carreira não planejava a atuação acadêmica, apenas a área de mercado, e esta me direcionou para a temática relacionamento com a mídia, por mero acaso, ou quem sabe algum tipo de interesse que eu mesmo não detectara. A minha primeira oportunidade acadêmica, por seu tempo, foi, também nesse mesmo campo, o que facilitou e contribuiu para o meu mais rápido desenvolvimento.
Quanto a sacrifícios, entendo que diversas vezes deixei de lado questões pessoais ou mesmo prazerosas para dedicar tempo e esforço à profissão, mas com a experiência de vida consegui aprender a ser mais equilibrado. As duas coisas devem estar em sintonia - pessoa e profissão - e somente assim conseguimos caminhar mais adiante. Ter boa estrutura familiar, pessoal e emocional ajuda sobremodo a tornar tudo mais fácil e gostoso.




Qual a sua visão em relação à profissão no Brasil?

Ainda somos uma profissão desconhecida, praticada majoritariamente por pessoas formadas em outras áreas, mas ao longo destes quase trinta anos de profissão, vejo avanços surpreendentes. Entendo que as próximas décadas consolidarão ainda mais a profissão e mostrarão quão necessária é a sólida formação profissional, e como é importante ter a visão que o curso de Relações Públicas nos permite ter.

O que você acha que falta nas Instituições de Ensino Superior? Os alunos estão saindo bem preparados?

A Educação em nosso país passa por um momento muito delicado. Ainda não há a devida valorização e investimento no professor, os números e as estatísticas hoje prevalecem em lugar do humano, mas entendo que seja uma etapa de consolidação, de amadurecimento do "mercado" do ensino. E o Ensino Superior não pode ser desatrelado do Ensino em primeiro e segundo graus. Devemos voltar os nossos olhares e buscar uma formação mais sólida em termos de ciências duras, mas sensibilizar e fomentar a criatividade natural de nosso povo.

Qual trabalho que você teve mais orgulho em realizar?

Sou da política de que o melhor lugar do mundo é aqui e agora. Por isso cada atividade que fiz, seja de gerenciamento de crises, seja de gestão de Faculdades, seja de ensino em sala de aula, seja de ações empreendedoras, me orgulham, mas acima de tudo me servem de arcabouço para o amadurecimento profissional e pessoal.

Você está com algum projeto novo? Se sim, qual seria o tema abordado?

Hoje estou à frente das Escolas de Comunicação e Educação da Universidade Anhembi Morumbi e um projeto que tenho nesta posição é a integração e o desenvolvimento de ações conjugadas entre essas duas maravilhosas áreas. Há pouco realizamos um Seminário de Comunicação e Educação, e temos projetos em nível de graduação e de pós-graduação para desenvolvermos ideias e ações que possam maximizar a relação ensino-aprendizagem de nossos alunos. E claro, o livro sobre opinião pública que tenho desenhado e trabalhado já há alguns anos. Mas o projeto permanente é ter tempo para aproveitar minha família. Sem isso tudo se perde.

O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Qual conselho você daria para os futuros Relações-Públicas?

Saiam da caixa. Saiam da visão de que alguém lhes apontará o caminho. Vão para a posição de apontar o caminho. Outra coisa importante: redes de relacionamento são essenciais e isso pode começar por você. Além do mais, lembre-se que muitas vezes a oportunidade está bem a sua frente: olhe para tudo como se estivesse vendo pela primeira vez. E muito sucesso!

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