Nesta semana, o Brasil registrou o primeiro caso de suspeita de Ebola no país. O suspeito é um homem africano de 47 anos, chamado Souleymane Bah, vindo da Guiné estava hospedado no Paraná. Foi internado na cidade de Cascavel, ele apresentava febre alta e está no 21º dia da possível infecção. A Força Aérea Brasileira ajudou na transferência do paciente para o Rio de Janeiro, que é o centro nacional de referência para eventuais casos de Ebola. O paciente encontra-se isolado e até a conclusão desta matéria o seu estado de saúde é estável.
Ebola é uma doença causada por um, e seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. O vírus é nativo da África, onde surtos ocorrem ao longo de décadas, porém a epidemia neste ano foi a maior da história da África. O vírus é transmitido através do contato com sangue, vômito, urina, fezes e secreções íntimas da pessoa infectada ou através do consumo da carne de animais infectados, como morcegos. Esta doença ainda não tem cura, nem uma vacina específica, sendo mais frequente na África devido a seus costumes, crenças, hábitos alimentares e também devido ao fraco sistema de saúde destes países. A doença recebe esse nome por causa do rio Ebola, na República Democrática do Congo, onde o vírus foi encontrado pela primeira vez.
Diretor do Centro para o controle e prevenção de doenças, declarou que a epidemia de Ebola na África Ocidental pode ser comparada com o surgimento da AIDS em razão do desafio de combatê-la. O ministério da saúde adverte para as medidas de prevenção do vírus Ebola (lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia; ficar afastado dos doentes com Ebola e também dos mortos pelo Ebola porque eles também podem transmitir a doença; não comer 'carne de caça' e morcegos porque elas podem estar contaminadas com o vírus, pois são reservatórios naturais; não tocar nos fluidos corporais de um infectado, como sangue, vômito, fezes ou diarreia, urina, secreções da tosse e espirros e das partes íntimas; usar luvas, roupa de borracha e máscara quando entrar em contato com um contaminado, não tocando nesta pessoa e desinfetar todo este material após o uso; queimar todas as roupas da pessoa que morreu por causa do Ebola).
O tratamento para o vírus Ebola consiste em manter o paciente hidratado e alimentado, mas não existe um tratamento específico que seja capaz de curar o Ebola. Os pacientes infectados são mantidos em isolamento no hospital para manter a hidratação e controlar infecções que possam surgir diminuir os vômitos e também para evitar a transmissão da doença para outros.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa afirmou que a probabilidade de casos de ebola no Brasil permanece baixa, mas não chega a zero. Brasil criou estratégias para ativar um centro de operações de emergência em saúde pública, criou-se um grupo que se reúne semanalmente e videoconferências com as secretarias estaduais de saúde. Já está estabelecido que, em cada estado, um hospital de referência receberá casos suspeitos de ebola. O Instituto Nacional de Infectologia, no Rio de Janeiro, foi eleito pelo governo brasileiro como hospital de referência nacional, para onde devem ser direcionados os pacientes em isolamento.
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