O nome Copan é uma redução de Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo. A empresa foi criada no início dos anos 1950, em preparação para as comemorações do IV Centenário de São Paulo, celebrado em 1954. Em 1951, a companhia encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer um ambicioso projeto que previa apartamentos, hotel, teatro, cinemas, restaurantes, jardins suspensos, centenas de lojas e garagens subterrâneas – o que seria o Copan. O resultado, como se sabe, não foi bem assim. Após diversos atritos entre os investidores, o sinuoso edifício acabou inaugurado, somente em 1966 – bem diferente da ideia original.
Síndico do edifício Copan, localizado no Centro de São Paulo, Affonso Celso Prazeres de Oliveira, já conseguiu uma “promessa” de investimento de R$ 5 milhões para a restauração da fachada do prédio caso outros parceiros também adotem o projeto, orçado em aproximadamente R$ 24 milhões.
O edifício tem 30 andares e se destaca na Avenida Ipiranga por sua fachada de linhas curvas, como uma grande onda. O projeto original de Niemeyer, da década de 50, previa a construção de um edifício residencial de 30 andares e de um hotel com 600 apartamentos. A obra acabou prejudicada por problemas financeiros das empresas responsáveis, e apenas o prédio residencial foi construído. Os primeiros moradores chegaram no início da década de 60.
São 1.160 apartamentos e 1.453 mil moradores atualmente - 754 homens e 699 mulheres, segundo Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O edifício tem 121 moradores de até 14 anos, 327 pessoas na faixa de 15 a 29 anos, 762 adultos de 30 a 59 anos e 243 idosos com mais de 60 anos. Mas, segundo a administração do Copan, uma pesquisa realizada por alunos da Universidade de São Paulo (USP) há cinco anos contabilizou 3,6 mil moradores.
A restauração da fachada deve valorizar ainda mais o edifício, exemplo do boom imobiliário no país. Superadas algumas décadas de decadência, o Copan tem quitinetes de 26 metros quadrados sendo vendidas por R$ 160 mil e apartamentos de 219 metros quadrados por R$ 800 mil.
Os trabalhos de substituição das pastilhas devem ser feitos por uma equipe de 36 operários. “As cores cinza e branca, evidentemente, serão mantidas”, diz o síndico. Nem poderia ser diferente, já que o edifício é tombado pelo Conpresp, órgão municipal de proteção ao patrimônio - datada de 2012, a resolução do órgão protege um conjunto de construções modernas na região central de São Paulo. O material do revestimento, entretanto, deve ser mais moderno e mais resistente do que o original. Funcionários da empresa contratada para a obra estiveram no prédio, justamente para preparar o espaço para o começo da retirada das velhas pastilhas. As obras estão previstas para começar segunda-feira (05/10).
(Foto: Ricardo Kotscho) |
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