quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Você conhece a história do funk brasileiro? Venha com a gente e confira!

O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte-americana no final da década de 1960, como uma mescla entre os estilos R&B, jazz e soul, com características de um ritmo dançante, sexy e solto.
A partir da década de 80, o funk começou a ser influenciado por um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass, que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas. Os bailes até então, realizados nos clubes dos bairros do subúrbio da capital do Rio de Janeiro, expandiram-se a céu aberto, nas ruas e o ritmo ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes, pois as músicas abordavam a violência e a pobreza das favelas.
Uma década depois, nos anos 90, o funk brasileiro começou a formar uma identidade própria. As letras refletiam o cotidiano nas comunidades do Rio e o ritmo começou a ficar cada vez mais popular.
O aumento do número de bailes funks e os chamados bailes de corredor (pessoas de diversas comunidades se dividiam em dois grupos, o que frequentemente terminava em brigas e mortes) repercutiu negativamente para o movimento e o funk começou a ser alvo de ataques e preconceito.
Em meio a esse período, até o início dos anos 2000 surgiram três novas vertentes do funk carioca: o funk melody, com temas mais românticos (Mc Leozinho, Mc Buchecha e Mc Marcinho); o proibidão, com temas vinculados ao tráfico; e o pancadão, com conotação erótica que ganhou força com seu ritmo hipnótico, sua batida repetitiva e a sensualidade da dança.
Criado no ano de 2008, o funk ostentação desenvolveu-se primeiramente na Região Metropolitana de São Paulo e na Baixada Santista, antes de alcançar proporções nacionais a partir de 2011. Até hoje ele aborda temas como o consumo e a propriamente dita ostentação, onde grande parte dos representantes canta sobre carros, motocicletas, bebidas e outros objetos de valor, além de fazerem frequentemente citações a mulheres e ao modo de como alcançaram um maior poder de bens materiais, exaltando a ambição de sair da favela e conquistar os objetivos. O gênero foi criado como uma alternativa à lírica abordada pelo ritmo carioca, que citava essencialmente conteúdos relacionados com a criminalidade e com uma vida de sofrimento.
O funk em geral é quase sempre é criticado por ser pobre em criatividade, por muitas vezes apresentar uma linguagem obscena e vulgar apelando para letras com duplo sentido, apologia ao crime, drogas e tráfico, à sexualidade exacerbada e, também por mostrar a imagem da mulher como inferior. Contudo, o sucesso do ritmo se mantém em crescimento e, atualmente, atingiu inclusive pessoas de classes sociais mais altas.

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