O documentário Alive Inside, lançado em
2014, acompanha a história do assistente social Dan Cohen e seu trabalho de
utilizar a música para aliviar o sofrimento de pacientes que sofrem de demência,
falta de memória e Alzheimer. “Como a música, as emoções e as memórias estão
conectadas”, afirma o autor do estudo.
Relatos pessoais
“Esqueci o que costumava fazer, esqueci de
muita coisa”, afirma uma senhora de 90 anos em cenas do documentário. “Quero
que tente deixar a música trazer as suas lembranças”, diz Cohen, enquanto pede
para a senhora colocar os fones de ouvido. Quando escuta os primeiros acordes
da música, ela começa a falar e rir sem parar. “É Louis Armstrong. Ele me faz
pensar nos tempos de escola: mamãe dizia para não ouvirmos Armstrong, mas nós
fugíamos a noite e trazíamos suas fotos para casa. Nossa, eu não sabia que
podia falar tanto.”
O trailer comovente também mostra imagens de um senhor que não esboça qualquer tipo de reação às tentativas de interação dos enfermeiros, até que começa a escutar canções no fone de ouvido. Não apenas sua fisionomia se transforma, como ele é capaz de balbuciar algumas palavras da letra.
O trailer comovente também mostra imagens de um senhor que não esboça qualquer tipo de reação às tentativas de interação dos enfermeiros, até que começa a escutar canções no fone de ouvido. Não apenas sua fisionomia se transforma, como ele é capaz de balbuciar algumas palavras da letra.
O que acontece?
Em 2015, um estudo constatou que a área
cerebral das memórias musicais é a menos danificada pelo Alzheimer. “Muitos
doentes não lembram o nome de algum parente, mas recordam a letra de uma
canção”, diz a musicoterapeuta Fátima Pérez-Robledo, da Fundação Alzheimer
Espanha em reportagem da revista Galileu.
Em conjunto com o tratamento convencional,
as músicas são responsáveis por relembrar eventos específicos ou evocar
sentimentos que há tempos não se expressavam. Presente em mais de duas mil
casas de repouso, a ONG de Cohen realizou recentemente um treinamento com 25
mil estudantes do estado norte-americano do Texas que pesquisarão as músicas
preferidas dos moradores de asilos da região. “Queremos mudar a ideia de que
essas pessoas já estão mortas, e contamos com os jovens para isso”, afirma
Cohen.
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