terça-feira, 11 de agosto de 2015

Entrevista com Ana Carolina Prieto

Foto: Arquivo Pessoal
Ana é formada em Jornalismo pela PUC-SP, com especialização em Marketing, pela Madia Marketing School, e em Comunicação Empresarial, pela ESPM. Atuando há 16 anos em Comunicação Corporativa e Assessoria de Imprensa, iniciou sua carreira em 1997 onde auxiliou no atendimento de grandes contas, como Sistema SESI e SENAI, Ministério da Saúde e Telecurso 2000. Trabalhou em um portal voltado para Construção Civil, Arquitetura e Decoração. Desenvolveu inúmeros projetos de comunicação interna e externa, e atendeu a clientes em diversas áreas, com destaque para Libbs Farmacêutica, Sociedade Brasileira de Dermatologia, Semesp e Helibras. Conquistou importantes resultados no atendimento à Droga Raia, HAYS Brazil e Alliance Coaching, além de marcas de beleza, como ADCOS, Vizcaya, OX e Hydratta. Na Fundamento, atendeu a Shire Farmacêutica, CARE Brasil e Projeto Garibous como executiva de atendimento. No final de 2013, assumiu a gerência de atendimento de consumo, passando a ser responsável por um dos principais clientes da agência, a Reckitt Benckiser (RB) e suas 10 powerbrands (como Veja, Vanish, Veet, Harpic, Airwick etc.), para o relacionamento com imprensa e projetos especiais. 

1.    Como é a rotina de um gerente de atendimento?
Um gerente precisa estar antenado tanto no dia da sua equipe (operacional), como no planejamento estratégico dos clientes, além de ter que atender as expectativas da empresa onde trabalho, em termos de qualidade no atendimento e de rentabilidade da sua unidade. Ou seja, precisa fazer várias coisas ao mesmo tempo, estar copiada em um monte de e-mail, responder estrategicamente vários deles, tem que ler muito sobre o que se passa no mercado, participar de muitas reuniões (internas e externas) e fazer o dia a dia, também - escrever releases, fazer cronogramas, relatórios, clipping, planos em ppt etc. 
2.    Quais foram as principais mudanças que você pode observar na assessoria de imprensa com o boom da tecnologia?
Acho que mudou muito a abordagem com os jornalistas (antes funcionava mais ligar para ele para vender uma pauta, hoje eles preferem fazer tudo por e-mail, facebook, whatsap); o alcance das mídias digitais cresceu muito o que elevou sua importância nos planos de comunicação (antes, o cliente queria sair no jornal ou revista impressa, hoje se sair em um portal de notícias ou em um blog de grande visibilidade ele fica muito mais feliz) e a importância das pessoas físicas como comunicadoras, tanto como influenciadoras (blogueiros, instablog, vlog etc) ou o próprio consumidor comum passou a ter um poder de se comunicar (tanto para o bem como para o mal) enorme.
3.    Qual é o papel do assessor para que a marca atinja suas expectativas perante o seu público?
O assessor (ou melhor, o Relações Públicas) tem a responsabilidade de cuidar da reputação de uma empresa/marca/pessoa. Ou seja, ele tem que pensar em como melhorar a imagem do seu cliente sempre. Tem que estar atento aos riscos, possíveis crises, e oportunidades para alavancar o conhecimento e a reputação do seu cliente. Uma empresa/marca/pessoa com boa reputação no mercado pode cometer um erro, mas se for transparente e resolver a questão de boa fé, a opinião pública “perdoa”. Se não tem, um deslize pode significar o fim de uma organização.
4.    O que você acha dos novos profissionais de comunicação que estão no mercado?
Acho que são bem antenados com as novas mídias, têm ideias interessantes, são esforçados para aprender o trabalho.

5.    Qual foi a experiência mais marcante na sua carreira até agora?
Todas as vezes que assumi uma posição de liderança de equipe foram bastante desafiadoras. A primeira aconteceu antes dos meus 30 anos, então, era bem puxado e estressante. Mas foi um ótimo aprendizado. Mais recentemente, quando eu assumi a gerência de atendimento na atual agência que eu trabalho também foi impactante para minha carreira porque pela primeira vez na minha vida profissional eu passei a ser responsável pelo desenvolvimento da minha equipe e pela rentabilidade da minha unidade. Então, além da qualidade do atendimento ao cliente, eu tinha que estimular e preparar as pessoas da equipe, avaliar e até mesmo demitir pessoas. Pode parecer lindo ser gestor, mas às vezes é duro ter que tomar certas decisões.
6.    O que é necessário para ser realizado profissionalmente no ramo da comunicação?

Para mim, é gostar do que faz. Você precisa se identificar com o trabalho (com o dia a dia) e com os clientes que você atende. Além disso, é fundamental você estar com pessoas que você se dá bem, com um chefe que você respeite e admire, em uma empresa onde os valores sejam os mesmos que os seus. Se você é feliz no trabalho e dá o seu melhor, automaticamente seus resultados também serão bons (ou ótimos) e você será reconhecido e bem remunerado. 

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