quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Entrevista - Ester Andrade

Ester Andrade
A entrevista de hoje é com a estudante e Analista Jr, Ester Andrade, que estuda na Universidade Metodista e trabalha na Burson-Marsteller.

Confira a entrevista e entenda melhor a visão de uma estudante e ao mesmo tempo de uma profissional da área.

-O que te levou a escolher Relações Públicas?
No terceiro ano do ensino médio fiz vários testes vocacionais e todos eles apontavam para a área de comunicação, nesta época estava bastante confusa e prestei vestibular para Jornalismo, RTV e RP.
O que me fez tomar uma decisão definitiva foi uma palestra de duas profissionais formadas em RP que assisti na semana das profissões no Objetivo.
Naquele momento me encantei com as varias oportunidades de trabalho e como o profissional de relações públicas pode ser versátil.

-Em qual ano da faculdade você começou a estagiar?
No primeiro ano de faculdade. Trabalhei no salão do automóvel pela Volkswagen como consultora automobilística.
Depois trabalhei na ADS comunicação corporativa, uma das primeiras agências de RP do Brasil, como assistente de atendimento nas contas illycaffè, Care Brasil e Fundação Stickel.
Fiz um estágio em comunicação interna na Novelis do Brasil, uma empresa que produzia laminados de alumio, lá fui interface de comunicação interna da unidade de Santo André da empresa.
E por fim, vim estagiar na Burson-Marsteller para atender HEINEKEN.

-Você teve visões diferentes da área durante a faculdade e após o início do primeiro estágio?
Sim. Na universidade você recebe a base para pensar a comunicação de forma estratégica e isso é incrível.
Mas no dia-a-dia vemos as estratégias colocadas em prática. Acredito que a formação de um profissional seja 70% academia e 30% estágio.

-Quais eram as suas expectativas quando começou a carreira?
Acho que não mudaram muito. Minha vontade sempre foi trabalhar as relações públicas de forma estratégica.
A diferença é que hoje tenho mais noção do que é possível e do que realmente acontece no dia-a-dia do RP.

-Você já atendeu HEINEKEN, Electrolux e agora atende Oxiteno. São contas completamente diferentes com propostas diferentes. Resumidamente, o que você aprendeu com cada uma delas?
A HEINEKEN é uma empresa que eu sempre admirei, eles tem um trabalho bem forte em propaganda e marketing  com suas marcas e possuem uma linguagem bem criativa. Tive a oportunidade de trabalhar na divulgação de dois Lolapallozas,  o relançamento da cerveja Bavaria, o lançamento do barril de Kaiser entre outros trabalhos. Aprendi nessas situações como é feito uma divulgação planejada, estratégica e assertiva.
Em Electrolux aprendi como ser um atendimento em assessoria de imprensa, lidei com divulgação de novos eletrodomésticos, resultados financeiros, um media training e um gerenciamento de crise.
Já a Oxiteno tem sido um grande desafio, primeiro por ser uma empresa química “B2B” diferente de tudo o que trabalhei, e depois pela experiência de trabalhar com imprensa e mídias sociais. Tudo ao mesmo tempo!
Tenho aprendido a diferença entre as linguagens e como lidar com cada um dos canais.

-Qual projeto/job que você teve mais orgulho em realizar?
O ano de 2013 foi muito especial para mim, tive a oportunidade de crescer e participar de grandes projetos.
Tenho duas experiências que me trouxeram muito orgulho esse ano: O gerenciamento de Crise do incêndio da Electrolux e a atuação em um Media Training também da Electrolux.
Os dois trabalhos exigiram muitas horas de trabalho, fizeram minha adrenalina ficar a mil e me deram ainda mais certeza de que amo a profissão que escolhi.

-Em sua opinião, quais as competências ideiais para ser um bom Relações-Públicas?
Primeiro o RP deve ter muito claro em sua mente quem ele é, nós, relações públicas temos um grave problema de identidade.
Pode parecer clichê (já que todo mundo diz isso!) mas o relações públicas deve ser um bom ouvinte, tem que está atento ao que acontece a volta dele e não pode ter medo de se relacionar. E por último, ele deve saber sobre as novas mídias e se interessar pelo o que há de novo, independente da área que ele trabalhe agora, o bom RP deve ter em mente de que o mundo está cada vez mais digital e que as interações estão caminhando para acontecer de acordo com o 4º modelo de Grunig.

-Como estava o mercado de Relações Públicas quando você entrou no curso e como está o mercado agora? 
Acredito que em 4 anos não tenham acontecido mudanças muito significativas. Mas posso dizer que 2013 tem sido um ano muito difícil várias empresas tiveram o lucro abaixo do esperado e a área de comunicação é a que mais sofre com isso.

-Quais os desafios de fazer comunicação para uma agência de comunicação, que é totalmente diferenciada dos departamentos de comunicação das empresas?
Em agência temos que ter propostas e soluções criativas de comunicação para as demandas dos nossos clientes, devemos ser especialistas e prever todos os possíveis cenários.
Além disso, temos como obrigação justificar o investimento que a  empresa  faz em uma consultoria/agência de comunicação.

E aí, gostou? Comente o que achou :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou? Não gostou? Então deixe aqui seu comentário! =)