quarta-feira, 8 de abril de 2015

Modelos Francesas e a Percepção de Beleza



Nesta semana, o governo francês aprovou a lei que proíbe a presença de modelos abaixo de seu IMC (Índice de Massa Corporal) ideal nas passarelas e em ensaios fotográficos. Diante desta questão, podemos analisar a que ponto a estética e o gosto interferiram na saúde das modelos e da sociedade em que vivemos hoje.
Com o surgimento das ideias iluministas no século XVIII, a estética e o desejo de decorar o mundo de Deus, a beleza e a experiência que ela nos proporciona começou a entrar em pauta na sociedade moderna.
A beleza feminina, sempre foi condizente com os padrões da época em que se encontrava – durante a idade da pedra, a mulher perfeita era a que conhecemos hoje por “obesa”, em tempos de crise de comida, era admirável que uma mulher fosse acima do peso. Durante a década de 60 na era pós-moderna, a mulher ideal era curvilínea, exaltando as grandes atrizes de Hollywood que possuíam cintura fina e faziam parte dos ideais masculinos.
Durante os anos 2000 e o surgimento de um novo século repleto de novidades e vidas completamente atribuladas, a geração conhecida como fitness começou a dominar a vida das pessoas. O corpo magro era sinônimo de status, já que o individuo conseguia trabalhar, cuidar da família e ainda por cima, ter tempo (e dinheiro) para cuidar da boa forma.
Mas onde pretendemos chegar com isso?
O conceito de “boa forma” tomou proporções exacerbadas quando jovens começaram a ter como referência grandes nomes do mundo da moda como Gisele Bundchen, Naomi Campbell e Kate Moss. De estatura alta e corpo esguio, as três conquistaram as passarelas de todo o país, porém o que poucos jovens tinham conhecimento era que o fator genético era forte aliado dessas modelos, e não somente a dieta.
A percepção de beleza após o século XXI transfigurou milhares de jovens, que desenvolveram distúrbios alimentares para que se assemelhassem com o padrão de beleza imposto pelos veículos de massa. Estudiosos afirmam que a experiência estética varia de acordo com a realidade cultural que o indivíduo é exposto e isto é evidente quando se trata da ditadura da beleza, que em alguns momentos chega ao ponto de afetar a saúde de uma parcela da população.

Esperamos que a lei aprovada na França seja repercutida por todo o mundo, e sirva de exemplo para os demais países, para que assim, a concepção do belo deixe de ser esse padrão inalcansável e utópico. Devemos lembrar que nossa saúde é mais importante do que qualquer imposição da sociedade, e principalmente que nenhum de nós possui a mesma impressão digital, não há no mundo um ser humano sequer que possui a sua marca, você pertence a você e a sua aparência também. Siga o seu padrão e seja feliz, sendo você baixinha, alto, magro, de cabelo curto ou sem barba. Moda nenhuma deve ditar seus passos, afinal, na passarela da sua vida, quem desfila é você.
Be yourself!

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