segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Jogando com a Vida


Divulgação

O crime brasileiro mais comentado do último mês e ainda sem culpado, aconteceu na Zona Norte de São Paulo e teve o jogo Assassin’s Creed associado à violência e causa das mortes. Uma nota oficial postada na fanpage do Facebook da Ubisoft, produtora do jogo, lamentou a morte da família de policiais. O garoto Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini de 13 anos, principal suspeito de matar a própria família à tiros, tinha uma imagem do jogo como perfil na rede social.

O objetivo de Assassin's Creed  consistia em matar alvos, invadir locais proibidos ou resgatar alguns objetos. Por ter como principal motivação dentro da trama, essas mortes, invasões e o suspense, rapidamente associados com o que aconteceu e tornaram-se fundamentos de motivos para achar respostas às principais questão das mortes. O que teria incentivado o menino a matar sua própria família? Essa associação não levou em consideração as regras entre os assassinos, dentre elas: "nunca matar uma pessoa inocente"?

Abaixo, podemos ser a nota oficial da Ubisoft:

"Em resposta aos pedidos de posicionamento da Ubisoft sobre o caso da família Pesseghini, trata-se de uma tragédia e nossos pensamentos e orações vão para a família e os amigos das vítimas. Nessa hora de consternação de toda a sociedade, é natural a busca por respostas.

No entanto, em nenhum estudo até agora realizado há consenso sobre a associação entre a violência e obras de ficção, incluindo livros, séries de televisão, filmes e jogos. É uma falácia associar um objeto de entretenimento de milhões de pessoas, todos os dias, em todo o mundo, com ações individuais e que ainda estão sendo esclarecidas. Novamente, isso é uma tragédia sem sentido e os nossos pensamentos e orações estão com a família e amigos das vítimas.

Agradecemos aos fãs da série que manifestaram apoio contra mensagens sensacionalistas associando o jogo à tragédia e convidamos a todos a se solidarizarem com a família e os amigos das vítimas."

Todo tipo de relação feita entre acontecimentos da vida real e ficção tem de considerar o impacto desses sobre a imagem de um produto ou serviço que, em sua maioria, é destinado à diversão e lazer. Bom, pelo menos é nisso que acreditamos.

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